quarta-feira, 30 de abril de 2008

Eleições 2006 e crise na segurança

Desde que os ataques do PCC tiveram seu início em 12 de maio, o Estado de São Paulo viveu momentos penosos para tentar justificar o acontecido. Como é sabido, era época de eleições e a cena atual foi os ataques promovidos aos olhos do Estado que se eximiu e disse “tudo estava sob controle”. No entanto, o que se viu foram ataques cada vez mais freqüentes aos que supostamente deveriam oferecer segurança às pessoas.
Os ataques a ônibus, bases da polícia militar e da guarda civil demonstraram toda a fragilidade da Segurança Pública do Estado de São Paulo. Neste sentido, os ataques ganharam outra configuração, desta vez quem atacou foram os políticos de governo e oposição em face da dramática impotência do país frente ao crime organizado; trocaram ofensas e acusações que chegaram a beira do delírio, além de apontarem soluções inúteis – porque não sabiam mais o que fazer.
Pouco importa a população se a crise da segurança é Federal, Estadual, Municipal, Petista, Pefelista ou Tucana.Antes os fatos, o que importa é compreender o que parece difícil.
No bate boca eleitoral, o então candidato a reeleição presidencial, Luiz Inácio Lula da Silva, (PT) (hoje reeleito pelo povo) disse que a situação do Estado de São Paulo “é de pânico e que nada pode fazer enquanto o governo paulista encará-la como normal” Lula criticou a resistência paulista em aceitar a ajuda federal. Segundo ele “os bandidos estão provocando a polícia, estão provocando a sociedade civil e estão aterrorizando”. Neste contexto de briga eleitoreira, vemos de tudo, CPIS que se apresentam no longo processo de análise, críticas, críticas e nada se resolve.
Apesar das críticas feitas por Lula em relação à segurança pública de São Paulo, Geraldo Alkimim (adversário de Lula nas eleições) tentou nacionalizar o problema da segurança.
Nessa guerra civil eleitoreira, surge a figura de Jorge Bornhausen – que é o articulador da candidatura de Alkimim nas eleições.
Em notícia publicada no jornal folha de São Paulo, no dia 15 de julho – Bornhausen disse que desconfia de elo entre o PT e PCC. Segundo o senador “o PT pode estar manuseando essas ações”, e ainda diz, “o PT vive no submundo e nada mais me surpreende nesse partido”. “o PT vive no submundo de Santo André (onde o prefeito Celso Daniel fora assassinado) vive no submundo do mensalão (acusação de pagamentos de votos no congresso), vive no submundo do MSLT (movimento dos sem terra que invadiu e depredou o congresso, cujos líderes estão sendo denunciados). Então tudo é possível, nada seria surpresa, salienta o senador”.
Para fugir dos debates sobre a crise Paulista – o ex-governador Geraldo Alkimim tentou esquivar-se ampliando sua agenda de viagens, evitando dessa forma que o debate sobre segurança pública se monopolize.
De todo o acontecido, o que se vê são discursos beirando o delírio. Enquanto isso o poder do PCC amplia sobre a esfera pública que se recolhe em pífias desculpas, demonstrando o que eles não sabem fazer.
É o velho discurso de manter a cautela. Mas...nada se resolve!






















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