sábado, 25 de setembro de 2010

O desespero de Serra.

José Serra, que no início de sua campanha eleitoral tentou erradamente posar de humilde no horário eleitoral se autodenominando Zé Serra, com um pagode tocante ao fundo, logo percebeu que estava iniciando a campanha erradamente. Aliás, seu parceiro de partido, Fernando Henrique Cardoso fez duras críticas a este modelo de horário eleitoral escolhido pelo PSDB. FHC disse simplesmente que Zé Serra não é Zé e sim José. Ora, convenhamos, José Serra querer pertencer a uma classe que não lhe pertence, tentando sensibilizar o povo de que é moço humilde, provindo de escola pública e que venceu na vida (para angariar votos) não dá! O que passava pela cabeça de Zé?/José Serra? Querer se comparar com um Lula? É obvio! É o desespero de tentar convencer o eleitorado a não votar em uma desconhecida como Dilma.

Acho que a idéia de se fazer um horário eleitoral desta forma, surgiu com o filme de Lula. Só pode ser!

O fato disso tudo é que Serra tenta desesperadamente ganhar as eleições com uma retórica pra lá de barata, apontando os últimos escândalos na Casa Civil e relembrando alguns casos do passado. Lembremos que seu partido aliado (DEM Dinheiro em Meias) representa o antigo PFL, que é a alta direita do Brasil e esteve imerso em escândalos e mais escândalos.

Agora, a questão que está ficando pesada na política de Serra são as duras críticas que este vem fazendo a Dona Dilma após o caso de Erenice Guerra. Serra não está errado, aproveitou a oportunidade para metralhar o PT, que tem o dom de afundar-se. No entanto, Serra encontra-se desesperado, porque sabe que o Brasil nunca esteve em situação tão boa quanto à promoção de sua população. Não é a toa que a frase de Tiririca no horário eleitoral está pegando, porque o Brasil vai bem e, então, podemos nos dar ao luxo de brincar. Caso estivéssemos em um momento de crise, Tiririca seria desconsiderado, o que provavelmente não ocorrerá para maior desespero ainda de Zé.

Apelando para o moralismo típico da direita conservadora de São Paulo, Zé/José Serra se vê perdido com seu partido perdendo as eleições para uma desconhecida. Zé sabe que Lula elegeria qualquer desconhecido, e este fator justamente que os tucanos ainda não entenderam.

Resta a Serra e aos jornalecos de plantão (Arnaldo Jabor a Reinaldo de Azevedo, Neumane Pinto e Diogo Mainardi) continuar a fazer uma coisa só: atacar Lula.




segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Não ao ensino técnico!

1. Os estudantes devem ter acesso a Universidade por meio de uma escola pública de qualidade,
2. O ensino médio não deve ser uma velharia inútil com a pretensa ilusão de empregar estudantes após as manobras técnicas,
3. O ensino técnico é a regressão a ditadura, que, na LDBN 5.692/71 estragou o ensino de vez,
4. Por um ensino que dê acesso à Universidade,
5. Não a profissionalização precoce!
6. Que o capital humano não se estenda por meio de uma escola técnica,
7. Que a Universidade seja Universidade,
8. Que escola seja escola,
9. Tecnicismo? Não! Por uma educação básica que dê acesso ao ensino Universitário não “profissionalizante!”.
10. Por uma educação básica e Universitária realmente.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Os excêntricos nas eleições!

Sou classe média
Papagaio de todo telejornal
Eu acredito
Na imparcialidade da revista semanal

Mais eu “to nem aí
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não “to nem aqui”
Se morre gente ou tem enchente em Itaquera
Eu
quero é que se exploda a periferia toda
Mas fico indignado com estado quando sou incomodado
Pelo pedinte esfomeado que me estende a mão

(Max de Castro: Classe Média)


***

“Vou votar na mulher do Lula”. Esta é a frase que está na boca de todo cidadão brasileiro, principalmente a recém classe média, da qual Max de Castro canta na canção “Classe média”(ouvir a música no link: http://www.youtube.com/watch?v=KfTovA3qGCs). Sabemos não se trata da esposa de Lula, Marisa, mas sim de Dona Dilma. Pior para Serra que tenta ser em sua campanha um Zé!

Enquanto este cenário está praticamente com as cartas marcadas e definidas, outro fenômeno que vem acontecendo nas candidaturas a Deputados Federais está despertando a ira de alguns setores incomodados com a ironia na política. Ora, muitos cidadãos estão pensando. O que tiririca tem haver com política? E mais uma gama imensa de candidatos excêntricos. Tudo isso tem uma explicação. É a possibilidade de um voto excêntrico carregado de todo repúdio contra aqueles que prometem mil maravilhas.

Ora, não é de hoje que temos candidatos excêntricos. Clodovil foi eleito e disse praticamente que não ia fazer nada. Enéias também foi eleito com seu slogan furioso slogan “meu nome é Enéias”, na mesma onda foi a doutora Havanir Ribeiro, que uns tempos atrás estava procurando um namorado na TV. Mas, convenhamos, qual a vantagem dos excêntricos? É evidente! A sinceridade.

Enquanto os demais candidatos aparecem no horário eleitoral sem mexer ao menos o rosto, e prometem aqueles textos recheados de bordões que de em quatro em quatro anos não saem da moda “vou investir na educação, na saúde, na segurança...” e todas bobagens que já sabemos, os excêntricos estão aos poucos ganhando a cena política. Quem não se lembra do Cãozinho dos teclados e Batoré? Fazem parte da cena política paulistana.

Estes, não caíram no jogos repleto de frases repetidas, os outros, continuam na mesma, e assim vai seguindo o nosso Brasil...