tag:blogger.com,1999:blog-56034446863949349392024-02-22T16:37:44.286-03:00Alvor desnudoSubversão desviante!Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/01329396158456234962noreply@blogger.comBlogger92125tag:blogger.com,1999:blog-5603444686394934939.post-18600998353254685882015-11-27T11:22:00.003-02:002015-11-27T11:22:56.622-02:00O mito da razão única <div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUUoOFN8pDIqFS_5XuAGfBc0C9xAO9stcMuEGEkaQLm5ds6agAf4WCUGepaaNbh1uK4P9mq3ti19nJqYv6zHFJwLetcit3e7s_YGO3uRgeR7y9DzVhUHgmrfDhK1rAgR54l-dKQrA0EiKd/s1600/07_neopositivismo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUUoOFN8pDIqFS_5XuAGfBc0C9xAO9stcMuEGEkaQLm5ds6agAf4WCUGepaaNbh1uK4P9mq3ti19nJqYv6zHFJwLetcit3e7s_YGO3uRgeR7y9DzVhUHgmrfDhK1rAgR54l-dKQrA0EiKd/s320/07_neopositivismo.jpg" width="300" /></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Um
estranho fato vem acontecendo há tempos na sociedade do conhecimento. A difusão
das ideias sob á ótica da razão única.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ora,
o que significa isso para nós cidadãos?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Podemos
dizer que este fato começa quando há circulação de notícias, especialmente
fatos políticos, onde são difundidos uma única ideia, cujo objetivo é o
convencimento a qualquer preço de que a ideia contrária está errada. Qual o
perigo desta difusão?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
autoritarismo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Governos
anteriores governaram sob o mito da razão única. A Alemanha de Hitler e a
Itália de Mussolini levaram para a população a visão de que tanto o fascismo e
o nazismo eram bons regimes e o que estes governantes estavam fazendo era para
o bem da população. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No
caso Brasileiro, aos poucos estamos vendo este caminhar a qualquer custo. A
mídia, que tendenciosamente coloca suas opiniões favoráveis a um partido, tenta
a qualquer custo difundir a ideia de culpa de que tudo que está acontecendo é
culpa da Presidenta Dilma e o que é necessário neste momento seria a
intervenção militar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Este
é perigo: o caminhar aos poucos ao autoritarismo e a destruição das
instituições democráticas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Mas
não é somente no campo político que há o mito da razão única. Em outras esferas
esta ação é muito bem aplicada. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Vejamos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Na educação vemos esta razão ser difundida
para nós professores, inculcando-nos por meios dos professores universitários a
didática correta para o ensino. Isto é um mito. Pois a ´prática docente e a
teoria, que, muitas vezes nos são ensinadas são completamente dispares. Eis a
razão do mito. Na filosofia, o mesmo
acontece. Formam professores de filosofia para o exercício de comentar
filósofos e não para fazer o que Kant nos escreveu: <i>filosofia é aprender a filosofar. </i>E mais, este pensamento, de
comentar textos filosóficos é tão em voga no Brasil que jamais ousamos pensar
os problemas da nossa realidade sob a ótica da filosofia. Pois o mais
importante é falar da filosofia europeia, considerada nos centros acadêmicos
como a melhor, pois é a mais difundida<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Com
tudo isso, o que fazemos? Ignoramos todos os demais lados para difundir única e
exclusivamente esta <i>razão única</i>, que
nos coloca apenas <i>um ponto de vista</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Maurício
Tragtenberg ilustrou muito bem esta questão em sua obra, <i>A delinquência acadêmica: o poder sem saber e o saber sem poder, </i>onde
nos colocar de que forma nos somos inculcados por meio de saberes que não dão
opção de olhar para outros lados. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ironicamente
a tudo isso, apesar de estarmos vivendo em uma <i>sociedade do conhecimento,</i> parece que grande parte dos saberes
difundidos são os que permanecem em voga, demonstrando toda sua eficácia ao
difundir tais ideias. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Mais
do que tudo, é necessário sempre olhar os dois lados da moeda, e desconfiar
daqueles que tentar a qualquer custo nos convencer de que algo está errado e o
outro está certo. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Só
um desiquilíbrio pra inverter esta ordem!<o:p></o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/01329396158456234962noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5603444686394934939.post-76288544780635042062015-04-23T19:40:00.002-03:002015-04-23T19:40:37.618-03:00Cultura da miséria, ignorância e submissão <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9giu4VdxkX_5qBWfMWcHuSJgjLS1aQvpqq5SVY4JhnDMYR8DnbMJx8gn4WgMzTodkfCihwwBaQ4_RuiCsVuNgCOrkMqw2vMGrTvdf4XYy5Jz7xeeNL5Mv56D_XBi9XaNBS-jA-LqRcwXl/s1600/Voto+de+cabresto+-+Storni.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9giu4VdxkX_5qBWfMWcHuSJgjLS1aQvpqq5SVY4JhnDMYR8DnbMJx8gn4WgMzTodkfCihwwBaQ4_RuiCsVuNgCOrkMqw2vMGrTvdf4XYy5Jz7xeeNL5Mv56D_XBi9XaNBS-jA-LqRcwXl/s1600/Voto+de+cabresto+-+Storni.jpg" height="236" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
sistema escolar brasileiro talvez seja o grande responsável pela reprodução da
ignorância, da miséria, submissão e é claro, analfabetismo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Um
país onde praticamente metade da população não consegue ler e interpretar
aquilo que leu, realmente fica mais fácil de ser manipulado pelos governantes
que aos poucos, estão desmantelando os direitos trabalhistas, com a famosa
PL4330/2004.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Sem
saber o que realmente se trata, ignorantes em si mesmos, os nobres
parlamentares vão votando e colocando cada vez mais na cabeça dos brasileiros.
Como um dia disse um amigo professor um ditado que é extremamente real: chapéu
de trouxa é marreta! E nós brasileiros que simplesmente não sabemos o que se
trata e o que é este projeto, ficamos simplesmente assistindo a votação acontecer,
como se nada disso tivesse a ver conosco. Este é um dos aspectos principais da cultura
da miséria, ignorância e submissão. Fingir que isto não tem nada comigo ou
simplesmente ignorar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Estes
podemos dizer que são os idiotas, não no sentido que entendemos hoje, mas no
sentido grego da palavra. <span class="apple-converted-space"><span style="background: white;"> </span></span><span style="background: white;">Na
acepção original, idiota designava literalmente o cidadão privado, alguém que
se dedicava apenas aos assuntos particulares em oposição ao cidadão que ocupava
algum cargo público ou participava dos assuntos de ordem pública.</span></span><span style="background: white; color: #333333; font-family: "Helvetica","sans-serif";"> </span><span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O termo evoluiu de forma depreciativa para caracterizar uma
pessoa ignorante, simples, sem educação. Popularmente, um idiota é um indivíduo
tolo, imbecil, desprovido de inteligência e de bom senso. Idiotice é o produto
daquele que é idiota.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Esta é a cultura da ignorância, deixar-se de lado para
preocupar-se apenas com si mesmo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Às vezes me pergunto: onde estão os indignados do Brasil? Por
que se fossemos confiar nesta massa que colocam um bando de gente reacionária
no congresso para nos ferrar e depois de fazerem seus projetos leis, estes
mesmos idiotas vão as ruas protestar pedindo dignidade na política ou então, em
caos que extrapolam a ignorância, a intervenção militar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Com a educação submissa que temos, com essa massa que não sabe para onde vai e que como bois
vão seguindo seus destinos, não sabemos onde vamos parar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Quando muitos destes jovens, que na maior parte, idiotas, e
privados em si mesmos trabalharem, vão ver o que representa em muitos casos as
mudanças do Brasil e suas leis.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: #FAFAFA; line-height: 18.75pt; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt;">
<span style="background: white;">Como
diz o ditado popular, </span>típico do contexto histórico da República Velha e
usado por chefes políticos, expressa uma realidade caracterizada naquela época,
transcrevo para os dias de hoje e cabe perfeitamente: <span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">Para os amigos pão, para os inimigos pau; aos amigos se faz justiça,
aos inimigos aplica-se a lei</span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-family: Verdana, sans-serif;">.</span><o:p></o:p></div>
<div style="background: #FAFAFA; line-height: 18.75pt; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">Evidentemente
que somos os inimigos.</span><span style="color: #333333;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="box-sizing: border-box; line-height: 150%;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/01329396158456234962noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5603444686394934939.post-2736903822627772812015-03-26T17:50:00.003-03:002015-03-26T17:50:37.243-03:00Copismo: uma doença educacional <div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsdo-yG3uXEVpUm7aUjfndx3J0YNs9JMZRtONLeP_FJriUlcVN605QSpND6rFon3unveLSzWlG9DojqigXFrnGsfZLSOYbrged1F8mAQQn0Lz8aEsj2kuGIjv5BMDmw3tKQsz1ArYQsnRn/s1600/escola-filho-c%C3%B3pia-c%C3%B3pia+(1).jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsdo-yG3uXEVpUm7aUjfndx3J0YNs9JMZRtONLeP_FJriUlcVN605QSpND6rFon3unveLSzWlG9DojqigXFrnGsfZLSOYbrged1F8mAQQn0Lz8aEsj2kuGIjv5BMDmw3tKQsz1ArYQsnRn/s1600/escola-filho-c%C3%B3pia-c%C3%B3pia+(1).jpg" height="212" width="320" /></a><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 13.5pt; line-height: 150%;">Que a escola pública é uma instituição falida e sem sentido para a
grande parte de jovens e adolescentes, isto não é nenhuma novidade. Ivan
Illicht já havia feio esta constatação em seu belo livro<span class="apple-converted-space"> </span></span><i>Sociedade sem escolas</i>. Este livro é tão atual que não precisamos muito para
verificar suas constatações e fatos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 13.5pt; line-height: 150%;">Uma das constatações que podemos verificar na escola pública é
aquilo que chamo de copismo. O que é o copismo? Como se fundamenta? Como se constrói?
E como se alimenta? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 13.5pt; line-height: 150%;">A escola, para muitos pesquisadores é um local de aprendizado e
reflexão sobe sua própria realidade e sobre outros fatos decorrentes. No
entanto, o que vemos é justamente o contrário disso, e o que vemos é um espaço
somente para a socialização dos seu habitantes e o conhecimento e reflexão
tornaram-se elementos secundários. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 13.5pt; line-height: 150%;">Neste contexto, a aprendizagem se fundamenta em apenas um
elemento: o copismo, que se resume em apenas passar o texto na lousa e o aluno
copiar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 13.5pt; line-height: 150%;">Esta prática comum na escola se fundamenta de diversas
perspectivas: o desinteresse por parte dos alunos, a falta de estímulo dos
professores, que, cansados de lidar com alunos que não querem saber, apenas
passam o texto na lousa e nada mais, a falta de investimento e estrutura da escola
e por fim, incentivo por parte da instituição para a diversificação das
atividades em outros locais. Todos estes elementos fundamentam o copismo, que
se tornou uma doença educacional que está começando cada vez mais cedo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 13.5pt; line-height: 150%;">Surgindo desde os primeiros anos, o copismo mantém rapidamente os
alunos em seus lugares 9em alguns casos) e com esta prática que já se tornou comum,
os estudantes acham que este é modelo a ser seguido por parte dos professores.
Aqueles que querem fugir do padrão e tenta levar os estudantes a outros
patamares de reflexão crítica, se depara com uma dificuldade cognitiva imensa
que foi perpetuada desde o início dos primeiros anos escolares. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 13.5pt; line-height: 150%;">Para os governantes e gerentes de educação que sempre falam em <i>educação de qualidade</i>, esta é uma exímia
que acalma os corpos dóceis e os deixa em um estado de letargia, que, o que se
vê é um montante de mortos vivos caminhando nas escolas apenas para exibir-se
uns aos outros. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 13.5pt; line-height: 150%;">Esta cultura dócil, mas profunda e eficiente está matando a
mentalidade de nossos jovens, que, a cada passar de ano estão cada vez mais
inertes e submersos nesta prática.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 13.5pt; line-height: 150%;">Só um desequilíbrio para inverter esta ordem!</span><i><o:p></o:p></i></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/01329396158456234962noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5603444686394934939.post-51718824886056797702014-10-30T17:16:00.003-02:002014-10-30T17:16:41.997-02:00Desafios do governo Dilma <div style="text-align: justify;">
Dilma venceu as eleições segundo turno. Porém, a quantidade de votos dados ao seu oponente, Aécio Neves, do PSDB, é um sinal de alerta para o PT se reorganizar no próximo mandato. Para isso, algumas questões devem ser levadas em consideração pela presidenta.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Creio que a primeira questão que se deve entender por Dilma e seu partido, é entender como que Aécio Neves recebeu tantos votos. Somados a quantidade de indecisos e nulos, a quantidade de votos foi maior que os recebidos de Dilma e isto significa que há uma parcela considerável da população que votou contra Dilma.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Outra questão a se ver: a região sul e sudeste, onde o PT não consegue votos de jeito nenhum, o que acontece? Tentar perceber os motivos pelos quais de tanta rejeição, principalmente no Estado de São Paulo, deve ser uma das metas deste novo governo. </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Dilma sabe que a partir de agora terá de mostrar mais serviço a população e avançar em alguns serviços sociais que não avançam de jeito nenhum, seja o partido que for. Dialogar com os demais partidos, será uma das metas da presidenta, que terá de ter muita habilidade para convencê-los de suas reformas. </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O PMDB, já sinalizou que não concorda com Dilma, que pretende fazer uma convocação popular da sociedade civil para tentar fazer a reforma política. Este partido, que vai para onde o vento sopra, já disse que pretende fazer um referendo, e não um plebiscito.</div>
<br />
Ora, qual a diferença entre plebiscito e referendo?<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
De maneira geral, a diferença básica entre eles é que, no caso do referendo, a população é consultada sobre uma lei que já foi aprovada no Congresso, enquanto que no plebiscito a legislação é feita depois da consulta.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Ambos os referendo e o plebiscito são mecanismos de consulta à população para que ela delibere sobre um determinado assunto “de acentuada relevância”, como afirma a lei. A diferença básica entre eles é que, no caso do referendo, a população é consultada sobre uma lei que já foi aprovada no Congresso, enquanto que no plebiscito a legislação é feita depois da consulta.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Isto evidencia a intenção dos parlamentares. Eles tem medo da participação da sociedade civil, pois se acham donos do poder. Dilma terá de ter muito jogo de cintura para cumprir o que prometeu.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O ponto chave para o início de um governo diferenciado, seria um investimento massivo na instrução pública, coisa que há tempos não ocorre neste país. Para isso, é necessário investir na educação básica para que nós brasileiros saiamos da ignorância perpetuada até os dias de hoje. </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Só um desequilíbrio pra inverter esta ordem.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/01329396158456234962noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5603444686394934939.post-43585903331644408852014-10-14T07:27:00.000-03:002014-10-14T07:27:07.344-03:00MARINA SILVA: UMA TERCEIRA VIA?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZNtlJjWQ0AqbS-XhQtBY28njQr3yGbqxOih3vqMvGQjYAc1VgFFKdThvXEK5AD7qQxAPt3MgsdYxkIp5gtgzNrE9TiiIe1eZt2xFuw8Vg6I9fXNVHquk5KJBFNqKYn5g58VmRz1xSisQZ/s1600/Marina-Silva-divulga%C3%A7%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZNtlJjWQ0AqbS-XhQtBY28njQr3yGbqxOih3vqMvGQjYAc1VgFFKdThvXEK5AD7qQxAPt3MgsdYxkIp5gtgzNrE9TiiIe1eZt2xFuw8Vg6I9fXNVHquk5KJBFNqKYn5g58VmRz1xSisQZ/s1600/Marina-Silva-divulga%C3%A7%C3%A3o.jpg" height="210" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Baskerville Old Face', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Marina
Silva iniciou sua carreira no PT, ganhou notoriedade, prestígio internacional,
mas abandonou o barco devido a divergências políticas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Baskerville Old Face","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Buscou
novos rumos, propôs alternativas e foi parar no PV, um partido completamente
disperso e que se assemelha a um PMDB, cujo pragmatismo político é voraz na
busca pelo poder. Depois do PV foi para o PSB, e criou sua sigla, A REDE. Ainda
dentro do PSB, encontrou um Partido Socialista Brasileiro, que anda fazendo
alianças com partidos da social democracia, como PSDB. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Baskerville Old Face","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
esquerda de Marina e PSB não existem mais. Cedeu lugar para o jogo das velhas
raposas da política brasileira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Baskerville Old Face","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ora,
Marina Silva se auto intitulou como a terceira via, capaz de superar a
polaridade criada entre PT e PSDB que vem há anos disputando o poder. Porém,
Marina não percebeu que sua terceira via fracassou, deu lugar a alianças que
antigamente não fazia de jeito nenhum, mas hoje faz, e está apoiando neste
segundo turno Aécio Neves.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Baskerville Old Face","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Marina
Silva, A REDE, e PSB, são personagens que representam a pura contradição. Um
partido que se diz de esquerda e socialista, e apoia Aécio Neves, que
representa a direita brasileira. E é esta a política contemporânea, vazia de
ideologia e repleta de conchavos e acordos em busca pelo poder.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Baskerville Old Face","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Cabe
lembrar que após se debandar para o PSB, Marina levou consigo seu grupo que não
conseguiu a criação de um partido político, A REDE, que é semelhante ao PMDB,
com pessoas das mais diversas tendências políticas dentro de um partido. O problema
de se adotar um partido desta forma é justamente na hora de se fazer acordos. E
Marina está penando no segundo turno com tais questões.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Baskerville Old Face","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Maior
parte do PSB apoia Aécio, Marina também, mas uma parcela de membros do PSB
querem que este partido seja realmente de esquerda e que não se aproxime de um
discurso social democrata, como vem acontecendo nos últimos anos. Mas o que
isso tem a ver com Marina?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Baskerville Old Face","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Como
muitos membros querem que o PSB seja um partido realmente de esquerda, estes
entendem que Marina não é uma representante de esquerda, ao contrário. A cada
eleição adota posturas diferentes e se este grupo que deseja ver o PSB como um
partido de esquerda, certamente Marina não terá espaço e terá de agilizar a
legalização da REDE.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Baskerville Old Face","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Talvez
aí esteja a chave para o povo não ver em Marina
uma consistente candidata capaz de superar a dicotomia provocada entre PT e PSDB.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Baskerville Old Face","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Estas
mudanças constantes foram vistas pelo grande público. Adotou conselhos de Silas
Malafaia, que é um reacionário de primeira linha, mudou de posições constantemente
e não passou firmeza em seus discursos. Realmente, não se apresentou como uma
candidata capaz de se ver como uma terceira via.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Baskerville Old Face","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Como
se vê, a prática política de Marina não se mostrou em nada de diferente dos
demais candidatos. Não houve uma tentativa de superação capaz de se apresentar
como um projeto político novo para os brasileiros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Baskerville Old Face","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No
geral, Marina tentou, mas não foi capaz de mostrar realmente o que pensa. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Baskerville Old Face","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ficou
na mesma dos outros. Sem novidades. Do contrário.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Baskerville Old Face","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Perpetuou
ainda mais a velha política. <o:p></o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/01329396158456234962noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5603444686394934939.post-84472126013895557162014-09-04T15:45:00.000-03:002014-09-04T15:45:01.644-03:00Os leitores sem leitura: reprodução e submissão<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7CR4LTdWrPz67P1uhg-cHvsAbL2okEo-7HxRK0oEqfGneDb08r7VkkmDGgomrEOkrSgtJVN-L6caG4EcIVPLudftO9gF0Z2CZITVyN2eonXpowJTXaqD0k7Mt2a9ANCuac9TUuCDxy6IH/s1600/reprodu%C3%A7%C3%A3op.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7CR4LTdWrPz67P1uhg-cHvsAbL2okEo-7HxRK0oEqfGneDb08r7VkkmDGgomrEOkrSgtJVN-L6caG4EcIVPLudftO9gF0Z2CZITVyN2eonXpowJTXaqD0k7Mt2a9ANCuac9TUuCDxy6IH/s1600/reprodu%C3%A7%C3%A3op.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: windowtext; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR;">Brasileiro só entra na livraria em
dias de chuva. Esta frase é de Antônio Abujamra e faz todo o sentido neste país., que é uma sociedade de letrados
sem leitura.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: windowtext; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR;">O que isso significa?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: windowtext; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR;">Em uma país, onde a educação não é
prioridade, os livros constantemente cedem espaço para outros tipos de leitura:
mensagens de facebook, celular, e revistas de autoajuda. Isto significa dizer
que a grande massa não é leitora de livros e em muitos casos, não há interesse
para isso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: windowtext; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR;">Segundo a câmara brasileira do livro,
há quase 90 milhões de pessoas letradas no Brasil, mas uma significativa
parcela simplesmente não lê nada, e estes somam 14 milhões. Todos com menos de
15 anos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: windowtext; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR;">Este grupo representa 15% total dos
brasileiros capazes de entender o que se lê. Este é chamada de elite cultural.
Grande parte desta "elite" lê por obrigação e não tem prazer em ler,
e admitem ter falta de paciência para ler. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: windowtext; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR;">Esta é a nossa elite cultural.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: windowtext; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR;">Outros dados nos chama atenção:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: windowtext; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR;">O Brasil tem 1.800 livrarias, metade
fica no estado de São Paulo, cuja capital tem 200 livrarias. Rio de Janeiro tem
250, Acre e Amapá 3.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: windowtext; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR;">Além disso, temos uma livraria para
cada 84.500 habitantes.Países como Estados Unidos tem 1para 15 mil,Argentina 1
para 50 mil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: windowtext; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR;">O pouco acesso somado a falta de
interesse, talvez explique o espírito de rebanho que temos por aqui. Mas,
afinal de contas, o que estes dados nos revelam?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: windowtext; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR;">Uma postura reprodutora em opiniões,
um forte espírito de rebanho, e principalmente, a ausência de espíritos livres
que repetem tudo aquilo que lhes é inculcado em suas mentes. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: windowtext; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR;">É neste contexto que se pode ver que
a dominação de um senhor sobre uma multidão parece ser tão real, que a maioria
não percebe os golpes da mão invisível que esmaga sem dó em diversos aspectos
de suas vidas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: windowtext; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR;">Esta reprodução, somada a dominação,
se transforma pura e simplesmente em submissão. Pois os dispositivos são tão
sutis que somente um espírito livre para perceber.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: windowtext; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR;">Estes que não são leitores não
conseguem perceber as nuanças de uma repressão, tão quanto os golpes de uma mão
invisível. Pois aqueles que desconhecem os principais aspectos da cultura e
história, dificilmente conseguem enxergar aquilo que lhes é imposto. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: windowtext; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR;">Aceitando passivamente, vivem a vida
como um fato normal e nada questionam. Tudo é natural e trivial. <o:p></o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/01329396158456234962noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5603444686394934939.post-27840709584078453632014-08-06T00:09:00.002-03:002014-08-06T00:09:39.347-03:00Nirvana: o último suspiro do rock.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiygC72yYg3bv2vApDseUdRVetsKtxBRd9cXn56xqAl9Bb1DUQGhMgp80wwpB29A5ohdAZM91wwDK1FZvooBe8f1YR-PkVhmaImVJ4EcDEGqFovPAzLTkZWMLBszP6kJO0aCgqt8SsZv2fE/s1600/nirvana.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiygC72yYg3bv2vApDseUdRVetsKtxBRd9cXn56xqAl9Bb1DUQGhMgp80wwpB29A5ohdAZM91wwDK1FZvooBe8f1YR-PkVhmaImVJ4EcDEGqFovPAzLTkZWMLBszP6kJO0aCgqt8SsZv2fE/s1600/nirvana.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">" Eu não quero ser nenhum herói do rock. Eu não quero ser o cara com a mensagem certa para tudo. Eu não tenho cabeça para isso. Apenas toco baixo em um abanda" ( Kirst Noveselick)</span></i></div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A frase acima deixa claro que a banda de Seatle Nirvana nunca se preocupou com o sucesso, nem tampouco com a indústria cultural que ditava regras para as bandas. Do contrário, Nirvana foi o último suspiro do rock. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Porque? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Desde o início do Rock nos anos 50 com Elvis Presley, presenciamos atitudes radicais e ao mesmo tempo uma música que se apresentava como mudança de atitude e de comportamento. Os anos 60, 70, 80 e até meados de 90 perdurou esta atitude. Todas com cunho político e preocupações sociais. Os anos 60, por exemplo, viveu a realização de projetos culturais nascidos na década anterior. Os anos 50 foram marcados pela crise na moral e bons costumes, e a segunda metade dos anos 50 já pronunciava o que viria nos anos 60, não somente na música, mas em todos os campos da cultura. A literatura de Jack Kerouac, o rock de garagem à margem dos astros do rock, os movimentos de cinema e teatro davam o tom do que seria a década seguinte.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A década de 60, com diz a maioria dos estudiosos pode ser dividida em duas etapas. A primeira etapa é marcada por um certo idealismo em relação as lutas com o povo. A segunda metade desta década, que vai de 1966 até 1968, é o auge da rebeldia que viria a definir os anos 70: a experiência com drogas, e a perda da inocência, a revolução e o famoso maio de 68 dão o tom da revolta da juventude em relação aos governos. Beatles é o grande exemplo desta transformação. No início da carreira, as doces melodias e a lestras de amor eram as características principais, porém, fizeram grandes transformações ao assumirem a excentricidade psicodélica, incluindo orquestras, letras surreais e guitarras distorcidas e o engajamento político de John Lennon.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Podemos notar também a presença radical da mudança de comportamento: o movimento hippie com seus protestos contra a guerra do Vietnã, e o surgimento de outros movimentos mostraram ao mundo que os jovens estavam cada vez mais engajados politicamente. É neste contexto que vários países do mundo estavam vivendo situações extremas de totalitarismo e repressão política, e o rock, como expressão máxima de contestação, foi um importante instrumento para a divulgação de idéias revolucionárias. </span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">No Brasil, o grande exemplo cultural que se tem é o movimento tropicalista,e diversos cantores de MPB, como: Chico Buarque, Geraldo Vandré, Caetano Velozo, entre outros, mostraram que a música era um importante instrumento de contestação a ditadura militar. </span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">É importante dizer que desde o início do Rock, surgido nos subúrbios dos Estados Unidos na década de 40 e início dos anos 50, até os dias de hoje, viveu-se várias transformações em diversos movimentos, tais como: Surf music, era de ouro, Garage Rock, Folk Rock,Rock psicodélico, punk rock, pós punk e New Wave.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">E nos dias de hoje, o que temos? </span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Parece que o último suspiro do Rock enquanto música de atitude e contestação foi nos anos 90 com o Grunge, e<span style="background-color: white; color: #252525; line-height: 21px; text-align: left;">stilo de música voltado para sons pesados e distorcidos, mas sem ser metal. A principal banda desse estilo era o Nirvana</span><span style="background-color: white; color: #252525; line-height: 21px; text-align: left;"> que tinha um som voltado para o alternativo. Bandas como Soundgarden</span><span style="color: black;"><span style="background-color: white; line-height: 21px; text-align: left;"> e Alice in Chains</span></span><span style="background-color: white; color: #252525; line-height: 21px; text-align: left;"> tinham um estilo mais inspirado no metal e no </span><i style="background-color: white; color: #252525; line-height: 21px; text-align: left;">hard rock</i><span style="background-color: white; color: #252525; line-height: 21px; text-align: left;">, Pearl Jam</span><span style="background-color: white; color: #252525; line-height: 21px; text-align: left;"> puxava mais para o lado do </span><i style="background-color: white; color: #252525; line-height: 21px; text-align: left;">hard rock</i><span style="background-color: white; color: #252525; line-height: 21px; text-align: left;">, </span><i style="background-color: white; color: #252525; line-height: 21px; text-align: left;">rock </i><span style="background-color: white; color: #252525; line-height: 21px; text-align: left;">clássico e </span><i style="background-color: white; color: #252525; line-height: 21px; text-align: left;">rock</i><span style="background-color: white; color: #252525; line-height: 21px; text-align: left;"> alternativo.</span></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #252525; line-height: 21px; text-align: left;">Apesar de viverem na mídia, a maioria destas bandas nunca deixaram de lado suas atitudes para com a indústria cultural, negando-a completamente, sem deixar que esta contaminasse o estilo das bandas</span></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #252525; line-height: 21px; text-align: left;">Nos dias de hoje o que ocorre é um esvaziamento acerca da música, onde o contexto histórico parece determinar as condições das músicas do Rock em geral. Como uma vez disse a banda The Jesus e Mary Chain "<i>the rock 'n roll is dead", </i>parece ser verdadeira hoje em dia. </span></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #252525; line-height: 21px; text-align: left;">Se compararmos a história do rock, seu movimento e verificarmos, veremos que o Nirvana foi o último suspiro do Rock enquanto <i>Juventude Rebelde , </i>e este pretenso esvaziamento se aflora na maior parte das bandas, onde cada uma vive em sua ilha, onde não há conexão com movimentos, como o Grunge, que parece ter sido o último suspiro do Rock. </span></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #252525; line-height: 21px; text-align: left;">Com tanta liberdade de expressão, parece que o Rock se perdeu e não sabe voltar ou tentar ser melhor do que foi. Do contrário, falece a cada instante passado. </span></span><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/01329396158456234962noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5603444686394934939.post-67280248295906530712013-11-27T23:44:00.000-02:002013-11-27T23:44:01.823-02:00O amor nos tempos da web<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdqNFp9Qf-CJeOHVtTobeXJ9u9Jw3ciYENyp4MK8j2iepuaqusHpI6l817ExYhFoFike-4uZArVi-h4XkptMxBb9xXzwE4tEvsBOHqCGwUT7b8y3Mf23ppKGzA0Q9saffidVT0nFCPgXnZ/s1600/amor+e+internet.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdqNFp9Qf-CJeOHVtTobeXJ9u9Jw3ciYENyp4MK8j2iepuaqusHpI6l817ExYhFoFike-4uZArVi-h4XkptMxBb9xXzwE4tEvsBOHqCGwUT7b8y3Mf23ppKGzA0Q9saffidVT0nFCPgXnZ/s1600/amor+e+internet.jpg" /></a></div>
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "Footlight MT Light","serif"; font-size: 15.0pt; line-height: 150%;">Ele a curtia todos os dias quando visualizava
seu perfil, acompanhava atentamente suas postagens, suas notícias e seus
assuntos, no ímpeto de ver vídeos, álbuns e fotos, mudanças de avatar! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "Footlight MT Light","serif"; font-size: 15.0pt; line-height: 150%;">Deixava comentários cults, se fazendo de
inteligente, de sabichão do presente. Ficava horas a fio teclando suas
confidências, suas carências, sua ausência de amor e sua rotina do dia a dia. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="line-height: 150%;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "Footlight MT Light","serif"; font-size: 15.0pt; line-height: 150%;">Na intensidade de suas declarações, ficaram
amigos, conversavam todos os dias, e sem querer estavam conectados um ao outro.
De repente, como quem se ausenta e se perde ficaram sem conexão, sentiu-se
desconectado, parecia à morte ficar distante do mundo virtual. Quando deu por
si, estava completamente alheio a realidade que o cerca. Perdia horas a fio em
conversas, bate papos, cochichos e, sobretudo, em querer saber um pouco mais do
perfil do então amigo. <o:p></o:p></span></div>
<span style="color: #222222; font-family: Footlight MT Light, serif;"><span style="font-size: 20px; line-height: 30px;">Passava horas a buscar informações sobre o pretendente, buscava saber seus gostos, suas preferências e a cada dia notava que este não se encaixava em seu perfil. Mesmo assim, curtia todos os posts de seu amigo, às vezes se enciumava com as publicações mais íntimas e de vez em quando o bloqueava.</span></span><br />
<span style="color: #222222; font-family: Footlight MT Light, serif;"><span style="font-size: 20px; line-height: 30px;">Como quem não quer nada, como um passar de um tufão, bloqueou seu amigo. O motivo, ninguém sabe, o que acontece em um instante vai e vem e assim o então pretendente sumiu, permaneceu off line durante muito tempo. Não havia mais carinhas do emotions, nem sinais de positivo. As mensagens desapareceram, não havia mais nenhum sinal e assim permaneceu, sem nada.</span></span><br />
<span style="color: #222222; font-family: Footlight MT Light, serif;"><span style="font-size: 20px; line-height: 30px;">Foi assim que iniciou uma nova busca...</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: right;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/01329396158456234962noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5603444686394934939.post-6317283593763265722013-11-11T09:37:00.000-02:002013-11-18T07:19:09.927-02:00Rebanho: cultura subjugada<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">O gosto artístico do
brasileiro não é feito por ele mesmo e isto é um fato. As mídias em geral
impedem-nos de conhecermos a diversidade e a riqueza cultural que este país
tem. Ficamos a mercê daqueles que julgam e divulgam as novidades a serem
degustadas, com isso, o gosto torna-se padrão.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Basta olharmos ao nosso
redor e vermos o que está em voga: 50 tons de cinza, Funk, Michel Teló, Anita e
entre outros que se passam por aí...<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Cabe-nos a perguntar: o
que acontece que desconhecemos completamente a diversidade cultural artística
do país?<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">É estranho, mas muitos
artistas que aqui são completamente ignorados, em outros países fazem imenso
sucesso. Ignoramos nosso produto e aceitamos o que vem de fora. Não se trata de
nacionalismo, nada disso. Se trata da ignorância que promovemos ao não conhecer
o que é produzido por aqui.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Sabemos que a indústria
cultural é responsável por promover o rebanho da cultura subjugada
Por este termos entendemos a formação de um grupo (que não é feita por ele
mesmo) cujo objetivo é a promoção do gosto que lhes foi inculcado para outros
grupos, criando um rebanho, uma cultura padrão, subjugada.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">É estranho ver o que
acontece nos dias de hoje, com tanta mídia alternativa e a promoção daquilo que
não se vê e nem se ouve em rádio ou televisão. Só podemos concluir que a
eficiência destes aparelhos é extremamente poderosa.</span></div>
<u1:p></u1:p>
<u1:p></u1:p>
<u1:p></u1:p>
<u1:p></u1:p>
<u1:p></u1:p>
<br />
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">A falta de diversidade
cultural entre nós faz isso: cria um rebanho subdesenvolvido e subjugado
cuja visão se estreita ao horizonte das costas um do outro, impedindo-nos de
expandir e buscar as variedades que rolam por aí. Com isso, permanecemos em um
estado de menoridade, do qual não se consegue buscar ou julgar qualquer coisa
por si mesmo, criando uma eterna heteronomia face ao gosto que criamos. <o:p></o:p></span></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/01329396158456234962noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5603444686394934939.post-56563190253693424572013-08-20T13:06:00.000-03:002013-08-20T13:08:54.630-03:00O colapso da moral<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiujXw49Y2O4NXPPNNGiDWauce2nyT42Pnxj9s4Ii9LH79YX2_RzuLpWrLIfCOMRoXgxK7h8HHosZneWu5x1ac60vBPcwmy-WwGtvcdbzr5rnozlulrm1leb8YSU1zBg14ToovvboY1wSk1/s1600/toda+nudez.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiujXw49Y2O4NXPPNNGiDWauce2nyT42Pnxj9s4Ii9LH79YX2_RzuLpWrLIfCOMRoXgxK7h8HHosZneWu5x1ac60vBPcwmy-WwGtvcdbzr5rnozlulrm1leb8YSU1zBg14ToovvboY1wSk1/s1600/toda+nudez.jpg" height="320" width="224" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Nelson Rodrigues talvez
seja o grande prosador da anti-moral e bons costumes. Seus personagens ilustram
muito bem as fraquezas e desvios humanos. Em um tempo do qual Zigmam Baumam
chamou de era líquida, os valores tradicionais esvaziaram-se. É por isso que
Nelson Rodrigues mostra-se tão atual. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Em uma de suas peças, <i>Toda nudez será castigada, </i>Nelson nos
coloca em uma verdadeira sinuca de bico e chuta de vez a moral pras cucuias. Os
personagens, Herculano, <span style="background: white;">homem conservador que,
ao ficar viúvo, perde a alegria de viver, </span></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Geni</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> -
prostituta que vive a obsessão de morrer de câncer no seio, Patrício - é irmão de Herculano,
um homem do mundo, <i>bon-vivant</i> que aposta nos cavalos e
vive ladeado por prostitutas; está endividado, Serginho - filho de Herculano possui tendências homossexuais
e oscila entre o conservadorismo das tias e o li<span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">beralismo</span> do
tio, vivem verdadeiros dilemas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">De
maneira geral, a peça conta a tragédia de Herculano. Após a morte da esposa,
até então sua única mulher, ele encontra-se num estado de depressão, pensando
inclusive em se matar. Uma presa fácil para o seu irmão Patrício, que culpa
Herculano pela sua falência. Prevendo que a castidade do irmão seria sua
fraqueza, Patrício o estimula a conhecer Geni, uma prostituta a quem ele deve
uma quantia. Assim, ele poderia se vingar de Herculano – colocando-o entre o
desejo sexual e a promessa que fez ao filho, Serginho, de que nunca mais teria
outra mulher na vida – e, ao mesmo tempo, garantir seu sustento pago pelo irmão.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Herculano
se apaixona por Geni, e fica preocupado com o fato de seu filho, que apresenta
um comportamento conservador, saber de seu caso com a prostituta. É neste
contexto que Serginho sofre um estupro na cadeia. Os quatro nutrem um
fanatismo que beira o doentio em relação à esposa falecida de Herculano, a
ponto de Serginho visitar o túmulo da mãe e sonhar com a sua presença todos os
dias. São passagens tão estranhas que, perto delas, os hábitos extravagantes de
Geni tornam-se aceitáveis. Porém, a peça não se restringe a crítica à religião,
mas mostrar que ela é um discurso usado para suavizar a hipocrisia da sociedade
de aparências.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O
ponto cerne e o toque de mestre de Nelson Rodrigues acontece quando Herculano
se casa com a prostituta e Serginho trai o próprio pai. Serginho mantém um caso
com Geni, pois considera uma traição do pai se casar com outra mulher. Quando
Geni está perdidamente apaixonada por Serginho, este resolve viajar com a
desculpa de estar com vergonha do estrupo sofrido, mas na realidade, foge com
o homem que o estuprou. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Este é
um grande exemplo do qual podemos chamar de colapso da moral, ou seja, a
falência múltipla dos valores tradicionais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Ora,
por que isso acontece? Simples, porque há novas formas de vida que estão
surgindo e com isso, a grande mídia se alimenta destes comportamentos para
realizar seus discursos ideológicos totalmente carregados de idéias vazias e
sem nexo, promovendo a ignorância em âmbito nacional. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">As
transgressões expostas nos romances de Nelson Rodrigues explicitam isso, não há
um padrão moralmente correto, mas sim, comportamentos humanos do qual o ser
humano se faz. Este fato faz evidenciar
que o considerado certo e errado foi suspenso por atitudes anti-tradicionais.
Eis a era líquida, os valores mudaram, os comportamentos também, e é justamente
nisso que se encontra o colapso da moral, no desencontro das verdades pré-estabelecidas
e no desvio constante delas.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/01329396158456234962noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5603444686394934939.post-81696105236426959412013-08-15T20:17:00.001-03:002013-08-15T20:17:50.372-03:00A ditadura da diferença<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b style="line-height: 150%;"><i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">“</span></i></b><i style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Temos o direito de ser
iguais quando a diferença nos inferioriza, temos o direito a ser diferentes,
quando a igualdade nos descarecteriza”.(Antônio Teodoro)</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQGRsDpNTP3miYmE_pqhRnBGQc9U2apFr51Lp97tVXiIhS15fzf_91ejA15Uzt8TmtYUv_zzH8P6Kn2D2NIA40irEtN12mbnSak0cEbXsPMJkKBd4WHRT8MoOKCOY-wQseKfKjA3oheN6U/s1600/Feliciano-cura-gay-por-Genildo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQGRsDpNTP3miYmE_pqhRnBGQc9U2apFr51Lp97tVXiIhS15fzf_91ejA15Uzt8TmtYUv_zzH8P6Kn2D2NIA40irEtN12mbnSak0cEbXsPMJkKBd4WHRT8MoOKCOY-wQseKfKjA3oheN6U/s1600/Feliciano-cura-gay-por-Genildo.jpg" height="290" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
A frase de
Antônio Teodoro, sociólogo Português, pode servir muito bem para o tema aqui
proposto: a ditadura da diferença.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
De ante-mão,
convém explicar a polêmica do tema. Há muito tempo se iniciou um debate em
torno das minorias, porém, nota-se que estas mesmas minoria às vezes tentam nos
impor goela abaixo seus padrões.Quem se prontifica ao contrário acaba sendo taxado de reacionário.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Quando Feliciano
apresentou seu polêmico projeto, houve uma ausência de fundamento sobre o debate
e uma multidão caiu de pão em cima dele. Claro que Feliciano não é dos melhores
em sua retórica e suas falas beiram o delírio, porém, com lidar com tudo isso? Seguindo a baixaria
padrão da mídia? Ou fundamentar e ver as causas do debate?</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
O exemplo de
Feliciano é um grande exercício de se pensar os lados oponentes que não se
acordam. Seguir o jogo de ofensas e delírios midiáticos só mostram como a
gente segue facilmente a manada em suas opiniões.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
A rasura
predominante nos debates coloca em evidência a falta de busca e investigação de
suas causas e problemas de propostas, e é neste contexto que fomentamos a
cegueira social predominante nos dias de hoje, tentando impor a qualquer custo
nossas opiniões.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Este contexto de
humilhados e ofendidos talvez seja usado apenas como estratégia para a não
compreensão de fato do problema de debater os projetos propostos a nós
cidadãos.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Resta a nós
apenas um desafio: debater, respeitar e não se valer deste jogo bárbaro que a
mídia alimenta e incute em nossas cabeças. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/01329396158456234962noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5603444686394934939.post-4422280577414056382013-05-01T14:43:00.001-03:002013-05-01T14:43:44.159-03:00O discurso politicamente correto: entre a censura e o autoritarismo<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3EyhuBBoJWl4rgOFecFriCP8zww1RzuoEJR-y3pwzLPcTY9IuJ54mfhgh2YzmxYbcxGtFIPKfm7i2VnS-Ej5ENdhIvLwl5rVWnuyqgoHd77S5XChCxcK5ad7ZnAM3y9k15S1f2FucdABh/s1600/politicamente+correto.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3EyhuBBoJWl4rgOFecFriCP8zww1RzuoEJR-y3pwzLPcTY9IuJ54mfhgh2YzmxYbcxGtFIPKfm7i2VnS-Ej5ENdhIvLwl5rVWnuyqgoHd77S5XChCxcK5ad7ZnAM3y9k15S1f2FucdABh/s1600/politicamente+correto.jpg" height="159" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Existe
uma onda em nossa sociedade onde tudo é motivo de debate e censura. Isto me
preocupa. Primeiro porque as pessoas estão ficando cada vez mais chatas,
segundo, porque, este discurso do politicamente correto que beira o desvario
está cada vez mais comum em nosso cotidiano. Sociedades autoritárias
disfarçadas de democráticas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Esta
chatice, típica do que se diz certo ou errado, censura até comemoração de gols
no futebol. Neymar, por exemplo, fez uns gols por aí e recebeu cartão amarelo
por indisciplina. O veterano Rivaldo foi censurado por comemorar seus gols
colocando a camisa na cabeça. Ora essa, até para se comemorar um gol nos dias
de hoje tem de se comemorar conforme a regra! Imagine se Viola jogasse nos dias
de hoje e comemorasse a sua maneira. Coitado! Certamente seria censurado do
futebol. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
último perseguido que deu o que falar foi o escritor Monteiro Lobato.
Desconectados da realidade e da história, estes censores estão acusando o autor
de Sitio do Pica Pau Amarelo de racismo. Esta acusação totalmente desconectada
de seu contexto está desajustada. Grupos representantes do movimento negro
dizem que o autor é racista por escrever negrinha e outras coisas. Trata-se de
uma ignorância sem tamanhos. Ora, que censura é essa? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Imagine
se esses censores lessem Marx, Aristóteles, Hegel e Platão. Este é perigo do discurso
politicamente correto: dizer o que é certo, errado, o que pode e não pode.
Pondé tem razão ao dizer que esta sociedade está ficando cada vez mais chata
por caminhar rumo ao facismo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Digo
mais, a porta da ignorância está ficando cada vez mais aberta aos leitores
desavisados e juízes de valores que pretendem reestabelecer a ordem dos bons
costumes. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Que
papo furado!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Caminhar
por esta estrada supostamente correta, onde os recônditos do <i>asylum<span class="apple-converted-space"> ignorantiae</span></i> ganham força, uma nova face parece surgir, o AI-5 com cara
renovada e justificada. Toda esta ordem soa como já dizia Bakhtin “um
pensamento autoritário como tal”. Devemos desconsiderar este discurso, e
ignorar estes homens!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/01329396158456234962noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5603444686394934939.post-680993954254759732013-04-20T23:25:00.003-03:002013-04-20T23:25:53.097-03:00Considerações sobre o nilismo e juventude<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEih6h-u4bAkd0y8JjHUhYpat1XVqUUZm03vvdDHPI-TR5HnFT3aktJaHMN8TXl51MuS3VzXxvDurovkVPghMu287cmR2jbxlKoLKHWCZ-BGEMq-E57zLvGwrpxF8Gcie-dWC_enF5MbobU5/s1600/no+future.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEih6h-u4bAkd0y8JjHUhYpat1XVqUUZm03vvdDHPI-TR5HnFT3aktJaHMN8TXl51MuS3VzXxvDurovkVPghMu287cmR2jbxlKoLKHWCZ-BGEMq-E57zLvGwrpxF8Gcie-dWC_enF5MbobU5/s1600/no+future.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.8pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Nos
dias de hoje a ausência de sentido parece tomar as ruas. Desde os jovens até os
mais velhos, vemos que a maior parte das pessoas não estão mais preocupadas com
maiores questões. A desvalorização, a morte de sentido, a ausência de
finalidade e de respostas parece dominar o cenário atual. Ora, porque isto está
tão comum nos dias de hoje? Os valores tradicionais caíram por terra e os
princípios e critérios absolutos dissolveram-se. Tudo foi colocado em uma nova
ordem, da qual muitos não sabem, mas compactuam como se fossem meros partícipes.
Esses valores, antes, ancorados em verdades absolutas, hoje, estão despedaçados
e o futuro próximo parece estar longe de nossos olhos. <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.8pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Esta
visão pode ser chamada de nilismo, que pode ser considerado uma descrença em
qualquer fundamentação metafísica para a existência humana. Não se trata de
algo difícil de ser definido, mas de ser apreendido. Sendo o nilismo um
nadismo, pois usa tradução pode ser entendida desta forma, o nilismo não possui
qualquer conteúdo positivo. Por se tratar de uma consciência negativa, esta só
pode ser entendida na medida em que entendemos o que ela nega. Eis o ponto onde
chegamos e queremos debater. A juventude de hoje, pretensamente nilista,
descrente em valores, tem compreensão sobre o que se nega? <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.8pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Creio
que não, e por uma simples razão. Os
jovens de hoje são reprodutores de opinião midiática. Seus conceitos, valores e
ideias em geral estão ancorados nestes aparelhos ideológicos que muitas vezes
formam suas mentes. A ausência de critérios, criticidade sobre os eventos da
sociedade é sinal de que estes não sabem onde sequer estão. A apatia sobre
estes eventos seria um reflexo destes aparelhos que produzem ideias e
comportamentos, dos quais, estes seguem sem saber. Neste sentido, poderíamos
considerar, se o nilismo é esta descrença sobre qualquer fundamentação, (consciente
sobre as coisas) a juventude de hoje não está neste patamar. O que queremos
dizer é que estes não precisam saber do nilismo para o ser como tal, mas saber por
que negam tais fundamentações e fatos, o que não
acontece. <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.8pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">E
assim, estes permanecem na inércia e espera de uma opinião para poder dizer, ou
reproduzir algo. <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.8pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">O
saber e justificativa por uma negação não há. E o que há então?<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.8pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Reprodução.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.8pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Nada mais.</span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.8pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/01329396158456234962noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5603444686394934939.post-34549506982778771132013-04-09T00:01:00.001-03:002013-04-09T00:01:57.965-03:00IIdílica estudantil: um diagnóstico <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgE-_ifgdoHYXJbdIMrx3lJ-NEScoRBHpjfONNdjC9_iMdDyo8Zeu1-ST95N_JoLvBTBkdMyWFeNv4QHFM5Hwxl6PzkNKbzqtB2dIi4agwDXDfpTvWtXeetmeRHjTkV5AirIdLFttB1HChK/s1600/maio68_2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgE-_ifgdoHYXJbdIMrx3lJ-NEScoRBHpjfONNdjC9_iMdDyo8Zeu1-ST95N_JoLvBTBkdMyWFeNv4QHFM5Hwxl6PzkNKbzqtB2dIi4agwDXDfpTvWtXeetmeRHjTkV5AirIdLFttB1HChK/s1600/maio68_2.jpg" height="226" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 155.95pt; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt;">“Nossa geração teve pouco tempo, começou
no fim, mas foi nossa procura, ah, moça, como foi bela nossa procura, mesmo com
tanta ilusão perdida, quebrada,mesmo com tanto sonho, onde até hoje a gente
corta”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 155.95pt; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 155.95pt; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Durante
os anos 70 acreditava-se que o marasmo cultural que assolava o país era devido à
ditadura militar. Acreditava-se que com a ditadura e o fim da censura, os
jovens se mobilizariam em prol de um novo país, uma nova ordem. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Não
foi o que aconteceu...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Com
a abertura política nos anos 80, não foi nada disso que aconteceu. Os
movimentos continuaram dispersos e uma pequena parcela de jovens ousou
rebelar-se. Tratava-se de uma pequena herança de maio de 68.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ora,
qual a causa desse marasmo?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
esvaziamento provocado pela mídia, talvez seja um dos principais contribuintes.
Nos dias de hoje, não se preocupa mais com política, que virou coisa de gente
doida. Em um país com mais da metade da população declarada analfabeta
funcional, torna-se difícil funcionar alguma coisa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Um
projeto comum?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Qual
seria o objetivo?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Que
droga da obediência é essa que os jovens de hoje não sabem olhar o palmo que se
encontra aos seus olhos? Resignados, em pleno estado de nilismo, sem consciência
é claro! Vivem, ou melhor, sobrevivem de forma heterônima.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Mas,
o que importa então? O imediatismo longe do Kayrós que tanto foi procurado. Deste
modo, os herdeiros de maio de 68 nem existem mais, se existem estão nos recônditos
de algum lugar que não os atinge. Enquanto os jovens de hoje, no Brasil, nem
sabem o que foi maio de 68. Vivem na zona de conforto de suas pacatas vidas
repletas de alienação espalhadas em facebooks, jornais, TV e etc.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Resignados,
encontram-se e assim permanecerão. Distantes de tudo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É
a perda do espanto. <o:p></o:p></span></div>
<br />
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/01329396158456234962noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5603444686394934939.post-91371211098610694702013-03-24T22:48:00.001-03:002013-03-24T22:48:27.050-03:00Qual é a graça de espiar a vida dos outros?<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Um
espectro ronda a vida pública. Não é o comunismo. Antes fosse. Agora, o que
preocupa alguns pesquisadores são as razões do sucesso de programas como BBB e
a fazenda. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Antigamente
as pessoas questionavam porque se perdia tanto tempo assistindo novelas, agora,
tentam entender porque há tanto sucesso em ver tais programas. Hoje, se
questionam sobre estas novelas reais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No
passado a questão era a privacidade, o fascínio pela intimidade invadida, um
voyeurismo que fingia acreditar que era realidade ver aquela vida ali exposta.
E hoje, o que está acontecendo com os tempos atuais, onde a inversão de papéis
esta na cara de todos?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
que se pode ver nas TVs de hoje? Sexo, nudez, violência gratuita, baixaria, narcisismo
básico e polêmicas, muitas polêmicas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No
fundo, tudo parece banal. O excesso de aparições mostra a falta geral de
qualquer personalidade. O que querem todos que assistem a tais programas?
Porque há tanta mobilidade social para votar em alguém que não merece receber
os milhões de reais? O que acontece para as pessoas não se mobilizarem para
algo que mexa realmente com os rumos deste país.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Claro.
Não sejamos hipócritas. Sabemos que a onda de corrupção, a falta de seriedade
dos políticos e de tudo que acontece neste país, só enraivece cada vez mais as
pessoas que simplesmente não querem saber dessas coisas. Querem se distrair
destes fatos e esquecer toda essa palhaçada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
promessa de que vamos espiar, fazer uma vida transparente é pura balela. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Vivemos
em tempos voyeurísticos, cuja finalidade é dar condições de acesso a este tipo
de informação. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Este
é o retrato do presente. <o:p></o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/01329396158456234962noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5603444686394934939.post-54863325751301346722012-08-28T15:02:00.003-03:002012-08-28T15:02:54.684-03:00Onde estão os indignados do Brasil?<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 117.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">“Quando a gente olha para
as coisas grandes, situação política, o aquecimento global, a pobreza do mundo,
tudo parece mesmo horrível, nada está melhorando, não há nada de bom para
esperar . Mas então eu penso nas coisas pequenas...sabe como é, uma garota que
acabei de conhecer, ou essa música que a gente vai tocar com o Chas, ou brincar
na prancha de esquiar na neve, no mês que vem, e ai parece ótimo. Então meu
lema será este: pense nas coisas pequenas. (Ian McEwan. Saturdy) <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Cada vez mais os
brasileiros se interessam menos por política. Desde o início da república, a
grande parte assiste a distância os processos políticos regados a grandes doses
de corrupção. No Brasil, a atividade política se tornou um verdadeiro show de
Stand-up comedy. Aleinados e desinteressados, todos são vitimas de um longo
processo que os faz ficar a margem da construção da historia da política
brasileira. Este apolitismo é internalizado e muitas vezes acredita-se ser a
postura mais correta diante de tanta corrupção. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
A grande
descrença e a falta de um horizonte se da na medida em que suas relações com as
instituições políticas são praticamente nulas. Principalmente com relação aos
candidatos que de quatro em quatro anos iniciam o ciclo vicioso de promessas do
paraíso terrestre. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Este verdadeiro
show político, onde a utopia foi esfacelada, acertou em cheio a pobre
mentalidade brasileira. Deturpadas, as pessoas entendem (em sua maior parte)
que a atividade política é um verdadeiro escândalo aos olhos dos que crêem em
alguma coisa neste país.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Mas, como
conciliar a apatia deste povo, o individualismo que assola a sociedade
contemporânea? </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Uma coisa é
certa. O individualismo encontra-se enraizado em dois pólos. Primeiro está nos representantes parlamentares, que como
figuras publicas representam apenas seus próprios anseios, esquecendo o bem
comum a população.. Segundo, o próprio povo, que com sua apatia, pensa apenas
em suas vidas pacatas, achando que a política é uma causa perdida. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Sendo assim, o
Brasil seria um país de idiotas? </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Ao acreditar que
o mais correto seria ficar distante de todo esse processo, o brasileiro assume
a postura de preocupar-se apenas consigo. Neste sentido, a palavra idiota
parece que cai como uma luva nas mãos do brasileiro. Na Grécia antiga, idiota
(idiotes) é aquele que se preocupa com sua própria vida, em assuntos
particulares. Neste sentido, a resposta a pergunta parece ser sim, na medida em
que a população brasileira mostra-se mais preocupada em encher a geladeira do
que participar ativamente dos eventos políticos.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Só um desvio
para reverter esta ordem! </div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/01329396158456234962noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5603444686394934939.post-69709930586169491122012-06-17T21:05:00.002-03:002012-06-17T21:05:57.098-03:00O custo social do progresso<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_Dsi1IUYxG_FcqojeZXGdJ25mjHVEgluGj-6ANxIsGTwAfqeo6LuPNCb_FUcGcQTaVfaJKm_dVGPL-qd0xDkdGsGFwBUsNGdCFjRZtxuk9s1ck6AiWR_K5S_KxZ9svOW9yZAimsMSrihU/s1600/progresso.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_Dsi1IUYxG_FcqojeZXGdJ25mjHVEgluGj-6ANxIsGTwAfqeo6LuPNCb_FUcGcQTaVfaJKm_dVGPL-qd0xDkdGsGFwBUsNGdCFjRZtxuk9s1ck6AiWR_K5S_KxZ9svOW9yZAimsMSrihU/s320/progresso.jpeg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;">Algumas pessoas
dizem por aí que vale a pena fazer qualquer coisa para o país progredir. Outros
preferem o contrário. Em uma sociedade supostamente preocupada com a ética, em
que medida se torna possível realizar o progresso de um país tão complexo como
o Brasil?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Dizem que o
governo de Luiz Inácio Lula da Silva foi um grande exemplo acerca da questão. Ao
ser eleito presidente da república na enésima tentativa, Lula teve de aliar-se
com pessoas de índole pra lá de duvidosa. Ora, qual o problema deste fato? Dar
a mão ao inimigo, é o que dizem.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Para o Brasil
evoluir economicamente, dizem os políticos por aí, Lula teve de rasgar suas
lições aprendidas no partido dos trabalhadores para melhorar a vida dos
próprios trabalhadores. Os mais radicais dizem justamente o contrário. Lula foi
um pelego que traiu os trabalhadores ao aliar-se com Sarney, Collor e companhia,
para ceder cargos para partidos duvidosos. Ora, a questão não seria saber se a
classe trabalhadora que na maior parte tornou-se classe média melhorou de vida?
Ou, debater a finalidade de tais alianças?
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
De todo modo, o
que é preciso saber é: o progresso é um mito renovado por aparelhos ideológicos
interessados em convencer que a história tem um destino certo e glorioso. Neste
sentido, seria uma insensatez negar os benefícios do governo Lula, porém, convém
analisar os riscos ao aceitar o argumento de que Lula mudou para a melhoria de
vida do povo. Ou então, para usar um exemplo engraçado acerca do tema. Maluf
rouba, mas faz! </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Mas, esse tal
progresso, discurso dominante das elites em todo canto, traz também em si
paradoxos: exclusão, concentração de renda, subdesenvolvimento (em todos os
aspectos), e restrição de direitos humanos essenciais. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Mais
inquietantes são os riscos decorrentes trazendo em si seus dilemas éticos e
morais. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Basta fazermos uma
pequena constatação. O século XX com seus imensos saltos tecnológicos e
científicos trouxeram guerras, mortes, tragédias e misérias. Fez brotar desenvolvimento?
Sim, fez. Contudo, mal sabemos os riscos que corremos e os problemas futuros
que ele pode ocasionar.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Antes de
qualquer análise é preciso saber quem determina e quem escolhe a direção desse tal
progresso e com que objetivos é escolhido. Se não, ficaremos na omissão
embevecida do rebanho do que da ação crítica vigorosa que merece este debate.</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/01329396158456234962noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5603444686394934939.post-56643501734912941292012-04-14T23:53:00.000-03:002012-04-14T23:53:10.912-03:00Leis de ameaça<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGCaX2OIAgjD55-BOeERY6MIE9cIRdQoDLNEu9IMFjQYCIeTN3aXasRsIOELc3GTcfJ85KT0pPlZzDjzNi9qnRUTf8KyfRYlG4BwAbObnQu-kWF9q_pBtWeCQ2VVZfT8bttb2YazlXKf15/s1600/JusticaPograma.gif" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGCaX2OIAgjD55-BOeERY6MIE9cIRdQoDLNEu9IMFjQYCIeTN3aXasRsIOELc3GTcfJ85KT0pPlZzDjzNi9qnRUTf8KyfRYlG4BwAbObnQu-kWF9q_pBtWeCQ2VVZfT8bttb2YazlXKf15/s320/JusticaPograma.gif" width="307" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 315pt;">
<i>É proibido proibir!<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 315pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
Desconfio
daqueles deputados que em nome dos cidadãos inventam leis estranhas sob a
justificativa de fazer o bem para a sociedade. Existe muito parlamentar por aí querendo
proibir o chope nas calçadas, o quentão nas quermesses, a cerveja nos camarotes
de carnaval, o vinho nas festas de nossa senhora queropita, a caipirinha nas
praias e o champanhe comemorativo da formula 1...</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
Estamos
caminhando cada vez mais para uma sociedade purista e careta.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
De vez em quando
somos ameaçados por projetos leis destes nobres parlamentares que não
acrescentam em nada na vida dos cidadãos. Qual seria a justificativa para
tantas leis proibitivas? Será mesmo esta a alternativa, proibir?</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
O fato destes
senhores de leis proibirem tanta coisa evidencia cada vez mais um fato, o
pânico do debate público destes ofendidos que visam tomar conta do pensamento
público, esmagando e passando por cima de tudo que não concordam. Ora, colocar
em xeque a liberdade do cidadão baseados em leis proibitivas não adiantam nada,
de uma forma ou outra, estes leis serão burlardas e as pessoas vão continuar
fazendo seus atos, sejam proibidos ou não. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
O problema disso
tudo é o medo que estes puritanos têm da afirmação da vida para além do bem e
do mal. Morrem de medo de Eros e tentam se esconder em um asylum ignorantiae inundado
pelo pânico da hostilidade primitiva do mundo. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
A realidade para
estes senhores conservadores de leis é insuportável e a verdade apresentada nua
e crua é uma ferida que os agride o âmago de seus seres. Quando tais medidas
são propostas, basta verificar o horror contido no discurso, e olha que estamos
escrevendo apenas alguns projetos, deixando de fora, por exemplo, a proibição
do uso de estrangeirismos proposta por certo bigodudo gaúcho. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
O espírito desta
classe que nos “representa” não passa de puro ressentimento, por isso, estes
puritanos da ordem temem qualquer abalo em seu mundo do bem. É neste sentido
que leis são criadas, trazer benefícios para aqueles que compactuam com esta
visão de mundo estreita e ameaçadora. Esta bancada que se define pela moral dos
bons costumes e do bem, assumem ares de moral extremamente ameaçadores, por
isso, escondem-se em miúdos projetos que nada dizem.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
Nobres
parlamentares, ao invés de preocupar-se com estes projetos inúteis, que tal
elaborar uma lei que proíbe a corrupção? </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/01329396158456234962noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5603444686394934939.post-2814148932235727782011-11-02T20:37:00.000-02:002011-11-02T20:49:54.828-02:00Absurdo<div style="text-align: justify;">"Olhos submersos infligem regras postas, querem ser curados desta doença endêmica que aflige este coração desviante. Cegos que já não veem como antes, o ontem e o hoje estão fundidos na busca de sinais que não veem . Estes olhos, sentem que a razão da vida é absurda, são nada mais que patentes desadequadas a impressão natural do que é".</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/01329396158456234962noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-5603444686394934939.post-52202451055161869122011-07-31T15:26:00.000-03:002011-08-01T16:29:58.627-03:00Sobre amar<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSRdPFI0Hv_aHmfkSh3pbzujjcYcURM4NvK14QXi491hPSCqvrOXc6KaNmVYGHHPr2K_6apRvudfXxe5RV8ITQA2PqTqahsCtZTd_PfvJg3iMHp1FXgT2kXzK4cCNpM5kNoHNN0qST3eqc/s1600/Janus.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 214px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSRdPFI0Hv_aHmfkSh3pbzujjcYcURM4NvK14QXi491hPSCqvrOXc6KaNmVYGHHPr2K_6apRvudfXxe5RV8ITQA2PqTqahsCtZTd_PfvJg3iMHp1FXgT2kXzK4cCNpM5kNoHNN0qST3eqc/s400/Janus.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5635584678204449298" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="apple-style-span"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%; font-family:"Times New Roman"">Amar é muito importante para qualquer desenvolvimento espiritual ou intelectual. Isto é um fato, mas como todo fato, há os que são contra e conseguem transformar este doce fardo</span></span><a style="mso-footnote-id:ftn1" href="file:///E:/Meus%20livros!/Manuscritos%20cotidianos.doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%; font-family:"Times New Roman""><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%; font-family:"Times New Roman";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:EN-US;mso-bidi-language:AR-SA">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span class="apple-style-span"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%; font-family:"Times New Roman""> simplesmente em dor e sofrimento. Será mesmo necessário sofrer tanto para se ter amor? Evidentemente, esta postura metafísica que me faz lembrar a penosa busca de Dante a Beatriz possui fortes resquícios nos dias de hoje. Mas, quem em sã consciência se ajoelha a tais dogmas? Há pessoas que seguem a manada e não sabem sequer o destino. Dissimulados em si mesmos, não se questionam um instante e semelhante a Janus, marcam as portas de entrada e saída com o mesmo caractere, o verdadeiro e o falso. <o:p></o:p></span></span></p> <div style="mso-element:footnote-list"><!--[if !supportFootnotes]--> <hr align="left" size="1" width="33%"> <!--[endif]--> <div style="mso-element:footnote" id="ftn1"> <p class="MsoFootnoteText" style="line-height:normal"><a style="mso-footnote-id: ftn1" href="file:///E:/Meus%20livros!/Manuscritos%20cotidianos.doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family:"Times New Roman""><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;line-height:115%; font-family:"Times New Roman";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:EN-US;mso-bidi-language:AR-SA">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span style="font-family:"Times New Roman""> Heidegger <o:p></o:p></span></p> </div></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/01329396158456234962noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-5603444686394934939.post-25604616506758805462011-07-14T19:47:00.000-03:002011-07-14T20:13:12.390-03:00V<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvzMS-lDetniyo0cohMdsdJROpKDTKVanDi7vypRDUtYa7qHqFbky9JkQRtkTaf49aDdSfbxLYVaijNm79NKM5xLw3dwOH1PSxqDlOst06PO0cAP2yS_-rWUICazY2GvA3A5X_6CgtHnD0/s1600/EREMITA.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 163px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvzMS-lDetniyo0cohMdsdJROpKDTKVanDi7vypRDUtYa7qHqFbky9JkQRtkTaf49aDdSfbxLYVaijNm79NKM5xLw3dwOH1PSxqDlOst06PO0cAP2yS_-rWUICazY2GvA3A5X_6CgtHnD0/s400/EREMITA.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5629349759627468402" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%">Desde o princípio soube destes acontecimentos, não muito claros, e às vezes escuros, tentava os entender na mais correta circunstância desaparecida. O problema foi que ao invés de encontrar, me perdi, e nada permaneceu dentro deste ser que tenta buscar alguma coisa. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%">Já sei! Migalhas! Migalhas ao vento!</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%">Talvez esta seja a única resposta que eu tenha dentro de mim, mas não sei se esse eu é tão sério assim. Aquela idéia inicial, repleta de contradições e que todos reclamavam, tentei abandoná-la, mas, ela persiste em me seguir como uma sombra que não desgruda ao menos um segundo.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%">Saia de mim tentação! Desapareça! Deste jeito, eu não sei se eu estou neste mundo de fato, ou sou apenas uma peça nesta engrenagem enorme que engole milhões todos os dias. Este tormento, de não saber nada, e que de fato às vezes se sabe, o que parece até uma apologia da ignorância, me persegue, e aqueles que estão ao meu lado irritam-se, dizendo que tais confusões são frutos de devaneios que não faz sentido. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%">Ora bolas, os devaneios não fizeram sentido em muita gente? Por que raios tenho de justificar-me com o alheio? Tenho pouca coisa a oferecer, talvez, em milésimos de segundos elas se mostrem em instantes profundos, em clarões que me fazem entender aqui ou acolá como um todo dentro de mim. Estas coisas desaparecem como nuvem passageira. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%">Quando um dia souber ao menos aquele milésimo de segundo, verei um monte de coisas confusas e difusas, como o combate ao sofrimento, alegrias e dor. Quando encontrar-me em mim todas estas coisas, não serei mais eu, e as camadas de minha carne, as zonas de dor, os feixes sobrepostos estarão nos recônditos da incerteza de meu grito. Então, procurarei outro problema qualquer, desde que seja para iniciar novamente este ciclo repleto de feixes desfigurados neste interior.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%">Combaterei tudo novamente! Até as migalhas jogadas ao vento. Não sobrará nada de nada! E assim, aqueles acontecimentos serão grãos de areia desfalecendo em minhas mãos repletas de dor. Até chegar lá, outros lugares estarão abertos e novos clarões serão extensões do que vejo perante os meus olhos. É neste ponto de partida muito curioso e estranho que meu corpo se ilumina, em um doce fardo que se mistura em um monte de componentes aparentemente desconexos que deixam-me incerto de sentir a força dos sentidos das camadas de minha carne, atravessadas em zonas e feixes de dor.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%">Assim, corro e volto ao mesmo lugar.</p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%">*Desenho. Claudionor Rodrigues!</p>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/01329396158456234962noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5603444686394934939.post-90233471002411600302011-06-28T20:43:00.000-03:002011-06-28T20:46:50.833-03:00“Razões do amor”<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 24px; ">O que registro hoje de madrugada foi um apagar em uma imensa luz que se pôs em violentas pisadas vagarosas que conduziram aquela pergunta que não quis se calar. O que é o amor? Minha amada, sabendo que, a princípio não poderia dar-lhe uma resposta pronta e acabada, permaneceu em um profundo silêncio pensando que eu não a amava. <span style="mso-spacerun:yes"> </span>No momento, a única resposta que tive a oferecer era. Amo porque te amo. Há explicações para amar? Muitos poetas mostram que no amor não há explicações. O que há então? Um sentimento tumultuado feito um tufão que desorganiza e ao mesmo tempo organiza. Certamente, estas contradições surgem aos que são tocados por ele se revelam como doce fardo. Porque então este coração que já não pede e nem apanha continua a teimar em ir a direção dele? Não há razão que explique, há apenas uma gama de contradições que me acompanha e quer ser acompanhada. Não há explicações para o amor, há apenas um profundo lançamento em direção a pessoa amada, independente do que for, mesmo que este lançar brote um sofrimento. <span class="apple-style-span">Amo-te como um perdido, que de vez em quando tenta moderar os sentimentos, amo-te na contraditória fala repleta de tribulações, confusões de palavras e significados que me agitam.</span> Pouco importa aos amantes os sentidos. Mesmo que este sentimento se desvele como um desejo repleto de lágrimas e tormentos, nunca cessaria esta voz que clama em dizer algo. Eu te amo! Gritaria aos ventos, pouco importa se alguém irá me ouvir, sairia correndo nas ruas feito um louco sem destino, não para provar, porque o amor não se prova, se sente e quando o sentimos, ficamos completamente tocados e embebidos por ele. Amo porque eu te amo! E porque será então que o amor se apresenta em nós como uma imensa possibilidade humana que nos faz mover mundos e montanhas em direção da pessoa amada? Por qual razão ele se explica? Haverá mesmo uma razão? E como esta bela dor de sentimento humano se revela como um dos maiores sofrimentos que uma pessoa pode ter? De fato, Romeu e Julieta, em termos de sofrimentos poderiam ajudar-me a responder, mas, os livros não explicam nada, não há razoes para o amor, se houvesse, escolheríamos milimetricamente a pessoa amada de acordo com nossos princípios morais, éticos, políticos, estéticos, e etc. Assim sendo, o amor, com alguns toques inquietos, por mais deplorável e doce que seja, mostra-se como sofrimento natural, contraditório e não suficiente para tanto. </span></div><span class="Apple-style-span" style="line-height: 24px;"> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; ">Este doce copo de cólera, onde saudade, ausência e dor são constantes e se misturam, revelam-se como um dos maiores segredos peculiares que tantos tentaram decifrá-lo e acabaram por sofrer as conseqüências deste mistério.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; ">O que fazer então? </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; ">Amar... </p></span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/01329396158456234962noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5603444686394934939.post-1590819381324538722011-05-17T16:01:00.000-03:002011-05-17T16:03:43.233-03:00Estribeiras porosas<p class="MsoNormal" align="right" style="text-align:right;line-height:150%"><span class="Apple-style-span" ></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; "></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; "><span class="Apple-style-span" ><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; font-family: 'Times New Roman'; ">XC<o:p></o:p></span></span></p><span class="Apple-style-span" > <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; "><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman"">Não há duvida que exista alguma coisas em nós, que não sabemos o nome e que nos deixa completamente cansados das coisas que fazemos durante o dia a dia. Aquela velha conversa sobre rotina, cansaço e afins surge como um pronto socorro de vozes perdidas em meio aos caminhos que não sabemos também quais são. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; "><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman"">Há um caminho? Não se sabe. O mais próximo parece o único e evidente.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; "><span style="font-size:12.0pt;line-height: 150%;font-family:"Times New Roman"">XCI<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; "><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman"">Talvez este caminho seja a cegueira denunciada por José Saramago em <i style="mso-bidi-font-style:normal">Ensaio sobre a cegueira</i>, onde o claro para aqueles que não enxergam o palmo mão tem seus destinos traçados desde a tenra infância.<span style="mso-spacerun:yes"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal"><span style="mso-spacerun:yes"> </span><o:p></o:p></i></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; "><span style="font-size:12.0pt;line-height: 150%;font-family:"Times New Roman"">XCII<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; "><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman"">Diante desta situação, se vejo uma moça passar horas num ônibus apertado e sem condições de trabalho, se vejo um ladrão roubando alguém, se vejo as mínimas condições de vida serem roubadas sem nenhum propósito, eu tenho de ser contra a este assalto dominante, não posso passar indiferente e ver que tudo está tudo bem. <span style="mso-spacerun:yes"> </span><span style="mso-spacerun:yes"> </span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; "><span style="font-size:12.0pt;line-height: 150%;font-family:"Times New Roman"">XCII<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;line-height: 150%; "><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; font-family: 'Times New Roman'; ">Somente aqueles que detêm os privilégios de ficar sem preocupações, vivendo uma vida bucólica, parecem ter o direito de não preocupar-se com tais acontecimentos, mas, por outro lado, estes despreocupados são os mais vulneráveis para a cegueira cor de leite denunciada por Saramago. Resta saber, quem é mais cego, aquele que vê, ou aquele que finge ver?<b><o:p></o:p></b></span></p><p></p></span><p></p>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/01329396158456234962noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5603444686394934939.post-50570543318485555012011-03-06T19:39:00.000-03:002011-03-06T20:07:38.277-03:00Mayakovsky: Um poeta a plenos pulmões<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-xmqgVGA-3PbyNuWZR3is9LHuNYRlkvD7dewdPRSG_iSCYqqQN8GJNPr0UZ0Uk4OTGrU9-itjgio7aMa6Z7XQ-IAGxr1OA3TZJR8WoYauC1F_BiGqBP4-X-XjnkqXUjsqKBN1n4ncwTEu/s1600/maiakoviski7.jpg"><img style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; cursor: pointer; width: 187px; height: 270px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-xmqgVGA-3PbyNuWZR3is9LHuNYRlkvD7dewdPRSG_iSCYqqQN8GJNPr0UZ0Uk4OTGrU9-itjgio7aMa6Z7XQ-IAGxr1OA3TZJR8WoYauC1F_BiGqBP4-X-XjnkqXUjsqKBN1n4ncwTEu/s400/maiakoviski7.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5581107199805964530" border="0" /></a><br /><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="">O poeta russo Vladimir Mayakovsky (</span><span style="" lang="RU">Владимир Маяковскии)</span><span style="" lang="RU"> </span><span style="">que viveu a revolução bolchevique de 1917 na Rússia, foi um dos grandes poetas de seu tempo. Com versos e composições audazes, iniciou um novo modo de fazer poesia. Escreveu vários poemas para declamação pública, pondo abaixo as tradições literárias da cultura burguesa de seu tempo. Aos poucos, Mayakovsky se iniciava em um novo modo de fazer arte, vinculada ao futuro e as novidades tecnológicas surgidas na sociedade russa. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="">Nesta época os círculos acadêmicos eram</span><span style=""> </span><span style="">muito comuns entre os russos, os museus e os cafés eram lugares preferidos de debate entre estes. No entanto, não foi este o caminho que o poeta fez. Juntamente com aqueles que desejavam uma nova forma de fazer arte, Mayakovsky abandonou os círculos acadêmicos para ir em direção as praças, ruas e fábricas dos grandes centros urbanos da Rússia Soviética para escrever uma nova poesia que surgia em meio às contraditórias catástrofes de guerras. Clark e Holquist<a style="color: rgb(0, 0, 0);" href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=5603444686394934939#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style=";font-family:";font-size:12pt;" >[1]</span></span></span></span></a>, por exemplo, contam que Mayakovsky dormia no assoalho do telégrafo central de Moscou, de modo a estar de prontidão a elaborar cartazes sobre os acontecimentos da revolução.<span style=""> </span><span style=""> </span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="">Já Trotsky, possuía um olhar diferente sobre o poeta. <span style=""> </span>Dizia que em Mayakovsky existia reflexos de um gênio<a style="color: rgb(0, 0, 0);" href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=5603444686394934939#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style=";font-family:";font-size:12pt;" >[2]</span></span></span></span></a> e que ele não era em primeiro lugar um revolucionário e em segundo, um poeta. Era antes de tudo, um poeta, que rejeitou as velhas formas do fazer poético, embora não por completo. Al</span>ém de <span style="">poeta, foi ao mesmo tempo, sujeito e v</span>í<span style="">tima das transformações sociais, que, junto com o admirável desejo de se fazer uma nova sociedade e cultura, aproximou-se significativamente dos acontecimentos da insurreição. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="">Após a revolução de outubro de 1917, Mayakovsky e os demais membros do grupo cubo-futurista se entusiasmaram com os acontecimentos políticos da época e tomaram partido favorável a revolução. O ânimo diante dos novos fatos possuía varias razões. Juntamente com as rupturas político-sociais, surgia no horizonte um novo modo de fazer arte. </span>É<span style=""> nesta época que Mayakovsky escreve “Ode a revolução” e “Marcha de esquerda”, poemas declaradamente revolucionários<a style="color: rgb(0, 0, 0);" href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=5603444686394934939#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style=";font-family:";font-size:12pt;" >[3]</span></span></span></span></a><span style="color: rgb(0, 0, 0);">. </span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="">Em seus poemas, Mayakovsky tem como característica central </span>o inconformismo diante do cotidiano sufocante, muito bem descrito em 1913 no poema <i style="">Algum dia você poderia</i><a style="color: rgb(0, 0, 0);" href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=5603444686394934939#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style=";font-family:";font-size:12pt;" >[4]</span></span></span></span></a><i style=""><span style="color: rgb(0, 0, 0);">?</span></i></p> <p class="style26" style="line-height: 150%;"><em>Manchei o mapa quotidiano </em><i><br /><em>jogando-lhe a tinta de um frasco </em><br /><em>e mostrei oblíquas num prato </em><br /><em>as maçãs do rosto do oceano. </em></i></p> <p class="style141" style="line-height: 150%;"><i style="">Nas escamas de um peixe de estanho,<br />li lábios novos chamando. </i></p> <p class="style141" style="line-height: 150%;"><i style="">E você? Poderia<br />algum dia<br />por seu turno tocar um noturno<br />louco na flauta dos esgotos? </i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;">Em seus versos, a metáfora, as imagens, rimas, estrofes e a incansável resistência de não se entregar a vida cotidiana, rotineira, e burocrática, mostra-se como uma constante obsessão do poeta. Foi nesta mesma linha Roman Jacobson interpretou que o suicídio de <span style="">Mayakovsky</span> já estava posto desde o início de sua poesia. Segundo o lingüista, o poeta preferiu o silêncio ao ser um mero vendedor de versos.<span style=""> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;">Com a morte de Lênin, Stalin assume o poder e estabelece uma série de regras e normas para a produção artística. Assim como o teórico Bakhtin e outros artistas que foram censurados e acusados de produzir obras subjetivas, <span style="">Mayakovsky era chamado pelos burocratas Stalinistas de “incompreensível”, pois seus poemas não seguiam as diretrizes oficiais para produção artística. Ou seja, a liberdade poética tanto sonhada pelos artistas com o advento da revolução foi violentamente substituída por manuais burocráticos de conduta que eram impostos goela-abaixo aos artistas, sendo substituída aos poucos pelo realismo socialista. Na esfera política, a oposição comandada por Trotsky sofreu as mesmas conseqüências e cada dia as liberdades antes tanto desejadas, estavam cerceadas. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style=""><span style=""> </span>Mayakovsky preferiu o silêncio ao se entregar a censura oficial. Foi o que fez. Ecolheu deixar a vida em 14 de abril de 1930. Este lutador de palavras, como definiu Trotsky, deixou-nos um legado importante que se tornou inquestionavelmente percussor de um novo futuro, uma nova poesia, brotando a plenos pulmões.<span style=""> </span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="">Abaixo, segue o bilhete de suicídio de Mayakovsky,</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><i style=""><span style=""> </span></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><i style=""><span style="">A todos</span></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><i style=""><span style=""> </span></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><i style=""><span style="">De minha morte não acusem ninguém, por favor, não façam fofocas. O defunto odiava isso. </span></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><i style=""><span style="">Mãe, irmãs e companheiros, me desculpem, este não </span>é</i> <i style="">o melhor método (não recomendo a ninguém) mas não tenho saída.</i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><i style="">Lilia, ame-me.</i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><i style="">Ao governo: minha família são Lilia, Brik, minha mãe, minhas irmãs e Verônica Vitoldovna Polonskaia.</i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><i style="">Caso torne a vida delas suportável, obrigado.</i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><i style="">Os poemas inacabados entreguem aos Birk, eles saberão o que fazer.</i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><i style="">Como dizem:</i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><i style="">caso encerrado,</i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><i style="">o<span style=""> </span>barco do amor partiu-se na rotina.</i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><i style="">Acertei as contas com a vida</i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><i style="">inútil a lista</i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><i style="">de dores,</i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><i style="">desgraças</i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><i style="">e magoas mútuas,</i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><i style="">Felicidade para quem fica.</i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><i style=""> </i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><i style="">Vladimir Maiakovski<span style=""> </span></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style=""><span style=""> </span><span style=""> </span></span><span style=""> </span><span style=""></span></p> <div style=""> <hr align="left" width="33%" size="1"> <div style="" id="ftn1"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;"><a style="" href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=5603444686394934939#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style=";font-family:";font-size:10pt;" >[1]</span></span></span></span></a> Katerina Clark e Michael Holquist. <i style="">Mikhail Bakhtin. </i>p. 61</p> </div> <div style="" id="ftn2"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;"><a style="" href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=5603444686394934939#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style=";font-family:";font-size:10pt;" >[2]</span></span></span></span></a> Leon Trotsky. <i style="">O suicídio de Maiakovski.</i></p> </div> <div style="" id="ftn3"> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><a style="" href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=5603444686394934939#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10pt;"><span style=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style=";font-family:";font-size:10pt;" >[3]</span></span></span></span></span></a><em><span style="font-style: normal;font-size:10pt;" >Boris Schnnaiderman. </span></em><em><span style="font-size:10pt;">Dossiê Maiakovski. Cronologia de Maiakovski. </span></em><em><span style="font-style: normal;font-size:10pt;" >Disponível em </span></em><span style="font-size:10pt;"><a href="http://www.apropucsp.org.br/revista/rcc01_r10.htm">http://www.apropucsp.org.br/revista/rcc01_r10.htm</a></span></p> </div> <div style="" id="ftn4"> <p class="MsoFootnoteText"><a style="" href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=5603444686394934939#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style=";font-family:";font-size:10pt;" >[4]</span></span></span></span></a> Vladimir Maiakovski. <i style="">Poemas. </i>Tradução de Haroldo de Campos. Ed. Tempo Brasileiro, 1967, p. 53. </p> </div> </div> <img src="file:///C:/DOCUME%7E1/User/CONFIG%7E1/Temp/moz-screenshot-1.png" alt="" /><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><img src="file:///C:/DOCUME%7E1/User/CONFIG%7E1/Temp/moz-screenshot.png" alt="" /><span style=""></span></p>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/01329396158456234962noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5603444686394934939.post-48108124526957287292011-02-16T00:01:00.000-02:002011-02-16T00:16:55.628-02:00Dissolução<!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 0cm; line-height: 150%;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; font-family: "Times New Roman";">Era primavera naquela manhã suspensa pelos ares. As coisas se perdiam tão rapidamente, que tudo permanecia ultrapassado. Aqueles homens logo ali na barbearia que fuxicavam a vida alheia das mulheres com estórias de horror e pornografia; estavam loucos de vontade que algumas delas nascessem novamente. Por quê? Ninguém soube explicar tamanho desejo que pra muitos era motivo de desvario.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 0cm; line-height: 150%;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; font-family: "Times New Roman";">Não importa o que eles queriam; o fato que acontece com freqüência é o seguinte: na cidade estava ocorrendo um fenômeno que ninguém soube explicar e que até pouco tempo atrás era fruto de esquecimento por parte dos cidadãos. O que acontece? Alguns dizem que a memória do povo aos poucos vai sumindo com o excesso dos causos. Mas como assim? Explique-me melhor! Não sei dizer o que acontece! Vai perguntar pro bispo ora bolas! </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 0cm; line-height: 150%;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; font-family: "Times New Roman";">A única coisa que sabem é que houve um dia (ninguém sabe que dia foi esse) em que um menino caminhava na rua e de repente começou a ficar atormentado. Gritou “pare, sai daqui, não quero você aqui, sai de mim!”. Ninguém sabia o que era, mas, muitos ficaram assustados com o jeito do menino. Ao notarem o ocorrido, viram que aos poucos muitos andavam brigando com ninguém. Mas o que estava acontecendo de fato então? Não sei, mas o menino estava enlouquecendo, o que aconteceu com ele depois? As pessoas chamaram a ambulância e ele foi levado à força ao hospital. Sabe que foi muito difícil entender aquilo tudo, quer dizer, ainda não sei o que ocorre com aqueles andantes de rua gritando e se rebelando. Por qual motivo, razão ou circunstância acontece todas essas coisas? Não sei, mas fiquei assustado ao ver aquilo tudo acontecer em minha frente.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 0cm; line-height: 150%;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; font-family: "Times New Roman";">No outro dia as ruas da cidade estavam completamente vazias, poucas pessoas andavam nas ruas e os arredores pareciam lugares abandonados ao longo do tempo. Tudo era muito estranho, os acontecimentos que ocorriam tão de repente sumiam da mesma forma, e as pessoas ficavam sem saber o que estava acontecendo.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 0cm; line-height: 150%;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; font-family: "Times New Roman";">Tudo era estranho. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 0cm; line-height: 150%;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; font-family: "Times New Roman";">E permaneceu assim por muito tempo.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 0cm; line-height: 150%;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; font-family: "Times New Roman";">Sem explicação.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 0cm; line-height: 150%;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; font-family: "Times New Roman";">E novamente, tudo caiu no esquecimento.<br /></span></p>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/01329396158456234962noreply@blogger.com5