sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Greve professores 2010 - resposta ao governador josé serra
A imagem e o discurso valem mais que um texto. Este é pretendente a presidência da república do Brasil.
Não ao Serra!
domingo, 10 de outubro de 2010
O segundo turno e a igreja
José Serra acusa Dilma de violentar contra a vida e de proclamar o aborto, no entanto, este tem a mesma postura de Dilma, logo, ambos têm a mesma posição: a legalização do aborto. Mas a questão não é tão simples. José Serra tem ciência de sua postura, angariar votos, afinal de contas, em um país como o Brasil, qual político ousaria tocar em assuntos tão delicados nestes tristes trópicos? Esta questão ficou nítida para Dilma. Após diversas críticas sobre tais questões, Dilma recuou, e seu discurso soa semelhante ao de José Serra: ambos querem lutar pelos valores cristãos e estar ao lado da família. É inevitável compará-los aos Democratas Cristãos!
Todo este debate só esclarece a questão: a igreja ainda é um divisor de águas no processo político do Brasil. Com este atraso intelectual que faz lembrar o período feudal, as regras do jogo ainda são jogadas pela igreja, e os políticos que não querem perder seus votos, simplesmente dizem: amém!
Estamos muito longe de ter um Estado Laico...
sábado, 2 de outubro de 2010
Manuscritos Cotidianos
I
Estar sendo, ter sido. Uma afirmação tão cruel e nua de se fazer nos dias de hoje. Quem tem ousadia nos dias de hoje de dizer a verdade e sustentá-la? Muitos preferem ficar na inércia, supondo um bucolismo pequeno burguês de uma vida afastada de responsabilidade.
Que mentalidade é essa?
Pensar que as idéias mudam. Tentar juntá-las ao fardo da compreensão difícil de ter. Tais exercícios só supõem o que se esconde por de baixo dos panos. Se é que se escondem! Mas, estes, que gostam de viver afastado dos movimentos cotidianos, possuem uma fé inabalável que idéias mudam alguma coisa.
Ledo engano. Não sabem o que estão dizendo.
II
Num posto de gasolina, dois homens conversam sobre a situação política brasileira. De repente, um deles diz-me que é necessária ética na política. Digo que não, irritado, pergunta-me o que entendo por ética. Fiquei sem saber o que responder. O moço ficou embaraçado com minha falta de definição, ou talvez, até irritado. Mesmo assim, disse-me várias palavras que no entender dele era Ética.
Quantas palavras usadas para a definição de uma só!
III
A gente fomos à casa de João. Você está louco? Não é assim que se diz! A regra é clara. Diz-se: nós fomos à casa de João. Parece que não sabe usar a norma culta!
Ah, esses puristas da gramática tradicional! Constituíram-se com base em preconceitos sociais o tipo de mentalidade que perpetua na cabeça da maioria das pessoas.
Ainda bem que temos Guimarães Rosa, que faz justamente o contrário destes imbecis lingüísticos!
IV
Deve-se dizer a verdade. Pra quê? Drummond abriu as portas e as deixou em movimento para que todos passassem. Alguns curiosos ficaram sem saber o que estava acontecendo, olharam, olharam e olharam, outros, simplesmente notaram a lacuna e sem pedir licença, entraram. Aqueles que ficaram do lado de fora se questionaram. Como podes entrar desta forma? Existe uma regra? Claro, em todos os lugares existem regras. Então, diga-me porque não usaste tais regras? Já disse, a porta estava aberta e entrei.
Como assim? Que absurdo!Procurarei o responsável.
Isso, se encontrares, não estarei aqui. Pois, minhas palavras já foram ditas. E quem as ouviu? Aqueles que estavam lá. Lá aonde? Não sabes? Não.
Então, ficará sem saber...
V
No trem as pessoas parecem as mesmas. Andam apressadamente, de cabeça baixa, rumo ao seus respectivos destinos. As meninas, com seus cabelos lisos de chapinha, também parecem as mesmas. Loiras alisadas, com fones de ouvido e portando roupas de executivas, na realidade, muitas destas, são atendentes de supermercados.
Ao descer, todos seguem correndo para a baldeação afim de não perder o trem. Outros, permanecem dormindo até a estação final.
VI
Quando voltam pra casa, o sacrilégio continua o mesmo desde cinco da manhã. Esperar o trem, entrar correndo para sentar em algum banco. Todos são os mesmos, cabeça baixa, fones de ouvidos, calças femininas largas, vestimentas de uniforme de executivas, que na realidade não são, e quase todos dormindo.
Em seus lares, um sinal alude o que deve ser feito.
sábado, 25 de setembro de 2010
O desespero de Serra.

José Serra, que no início de sua campanha eleitoral tentou erradamente posar de humilde no horário eleitoral se autodenominando Zé Serra, com um pagode tocante ao fundo, logo percebeu que estava iniciando a campanha erradamente. Aliás, seu parceiro de partido, Fernando Henrique Cardoso fez duras críticas a este modelo de horário eleitoral escolhido pelo PSDB. FHC disse simplesmente que Zé Serra não é Zé e sim José. Ora, convenhamos, José Serra querer pertencer a uma classe que não lhe pertence, tentando sensibilizar o povo de que é moço humilde, provindo de escola pública e que venceu na vida (para angariar votos) não dá! O que passava pela cabeça de Zé?/José Serra? Querer se comparar com um Lula? É obvio! É o desespero de tentar convencer o eleitorado a não votar em uma desconhecida como Dilma.
Acho que a idéia de se fazer um horário eleitoral desta forma, surgiu com o filme de Lula. Só pode ser!
O fato disso tudo é que Serra tenta desesperadamente ganhar as eleições com uma retórica pra lá de barata, apontando os últimos escândalos na Casa Civil e relembrando alguns casos do passado. Lembremos que seu partido aliado (DEM Dinheiro em Meias) representa o antigo PFL, que é a alta direita do Brasil e esteve imerso em escândalos e mais escândalos.
Agora, a questão que está ficando pesada na política de Serra são as duras críticas que este vem fazendo a Dona Dilma após o caso de Erenice Guerra. Serra não está errado, aproveitou a oportunidade para metralhar o PT, que tem o dom de afundar-se. No entanto, Serra encontra-se desesperado, porque sabe que o Brasil nunca esteve em situação tão boa quanto à promoção de sua população. Não é a toa que a frase de Tiririca no horário eleitoral está pegando, porque o Brasil vai bem e, então, podemos nos dar ao luxo de brincar. Caso estivéssemos em um momento de crise, Tiririca seria desconsiderado, o que provavelmente não ocorrerá para maior desespero ainda de Zé.
Apelando para o moralismo típico da direita conservadora de São Paulo, Zé/José Serra se vê perdido com seu partido perdendo as eleições para uma desconhecida. Zé sabe que Lula elegeria qualquer desconhecido, e este fator justamente que os tucanos ainda não entenderam.
Resta a Serra e aos jornalecos de plantão (Arnaldo Jabor a Reinaldo de Azevedo, Neumane Pinto e Diogo Mainardi) continuar a fazer uma coisa só: atacar Lula.
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Não ao ensino técnico!

3. O ensino técnico é a regressão a ditadura, que, na LDBN 5.692/71 estragou o ensino de vez,
4. Por um ensino que dê acesso à Universidade,
5. Não a profissionalização precoce!
6. Que o capital humano não se estenda por meio de uma escola técnica,
7. Que a Universidade seja Universidade,
8. Que escola seja escola,
9. Tecnicismo? Não! Por uma educação básica que dê acesso ao ensino Universitário não “profissionalizante!”.
10. Por uma educação básica e Universitária realmente.
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Os excêntricos nas eleições!

Sou classe média
Papagaio de todo telejornal
Eu acredito
Na imparcialidade da revista semanal
Mais eu “to nem aí
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não “to nem aqui”
Se morre gente ou tem enchente
Eu
Mas fico indignado com estado quando sou incomodado
Pelo pedinte esfomeado que me estende a mão
(Max de Castro: Classe Média)
“Vou votar na mulher do Lula”. Esta é a frase que está na boca de todo cidadão brasileiro, principalmente a recém classe média, da qual Max de Castro canta na canção “Classe média”(ouvir a música no link: http://www.youtube.com/watch?v=KfTovA3qGCs). Sabemos não se trata da esposa de Lula, Marisa, mas sim de Dona Dilma. Pior para Serra que tenta ser em sua campanha um Zé!
Enquanto este cenário está praticamente com as cartas marcadas e definidas, outro fenômeno que vem acontecendo nas candidaturas a Deputados Federais está despertando a ira de alguns setores incomodados com a ironia na política. Ora, muitos cidadãos estão pensando. O que tiririca tem haver com política? E mais uma gama imensa de candidatos excêntricos. Tudo isso tem uma explicação. É a possibilidade de um voto excêntrico carregado de todo repúdio contra aqueles que prometem mil maravilhas.
Ora, não é de hoje que temos candidatos excêntricos. Clodovil foi eleito e disse praticamente que não ia fazer nada. Enéias também foi eleito com seu slogan furioso slogan “meu nome é Enéias”, na mesma onda foi a doutora Havanir Ribeiro, que uns tempos atrás estava procurando um namorado na TV. Mas, convenhamos, qual a vantagem dos excêntricos? É evidente! A sinceridade.
Enquanto os demais candidatos aparecem no horário eleitoral sem mexer ao menos o rosto, e prometem aqueles textos recheados de bordões que de em quatro em quatro anos não saem da moda “vou investir na educação, na saúde, na segurança...” e todas bobagens que já sabemos, os excêntricos estão aos poucos ganhando a cena política. Quem não se lembra do Cãozinho dos teclados e Batoré? Fazem parte da cena política paulistana.
Estes, não caíram no jogos repleto de frases repetidas, os outros, continuam na mesma, e assim vai seguindo o nosso Brasil...
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Eleições 2010

Há muito tempo que a política deixou de ser algo sério para o brasileiro. Motivos não faltam. O primeiro de todos é certamente a obrigação do voto. Imagine se nesta sociedade nomeada “democrática” tivéssemos a opção de ir votar? Semelhante ao que ocorre nos EUA. Certamente entraríamos num colapso de descrença nunca visto antes e este é o grande temor dos políticos. Outro motivo é a lei, que além de cega é paralítica. De que adianta um artigo que diz que todo cidadão deve ser tratado igual perante a lei? Sabemos que a prática não sai do papel. Casos que denunciam esta prática não faltam: dinheiro na cueca, em meias, malas, desvios de verbas públicas, construção de castelos (e este último disse que pouco está se lixando pra opinião pública!). Este é o Brasil.
Agora estamos nas eleições 2010 e novamente presenciamos algumas figuras que parecem mais palhaços em um circo do que sérios políticos a nos representar. Vejamos as figuras: Batoré, Kiko do KLB, Tiririca, Marcelinho Carioca, Levy Fedelix, Ronaldo Esper, Plínio Arruda Sampaio, Eymael. De todo este circo, em quem votar?
Batoré? Será que esta vai fazer bonito como político? Kiko do KLB? Será que este vai cantar músicas do KLB em Brasília? Tiririca? Sem comentários! Marcelinho Carioca? Fará política somente a corintiano? Levy Fedelix? Instalará sua lunática idéia do aéreo trem para a próxima copa? Ronaldo Esper? Quando esteve com depressão, roubou um vaso no cemitério da consolação. Deveria ser enquadrado no ficha limpa, mas não foi. Quando estiver em depressão em Brasília, o que vai fazer? Plínio Arruda Sampaio? Será que este vai fazer a tão esperada revolução socialista? Eymael? Será que este vai trazer a moral cristã para a república?
E os presidenciáveis?
Marina Silva? A evangélica que ingenuamente acha que os seres humanos têm o domínio sobre a natureza. José Serra? Sua campanha fez-me lembrar o filme de Lula, cuja prepotência em ser um político de origem humilde e que vai ajudar os pobres não cola. Um elitista fingindo-se ao lado do povo. Não cola. E dona Dilma? Será que esta vai superar a entidade metafísico-política de Lula?
Não há nada definido. Apesar das ilusões das estatísticas dizerem quem vai vencer. Mas enquanto isso; analisemos os candidatos de nossa saudosa república brasileira.
Só aqui se produz “políticos” tão excêntricos.