segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Rebanho: cultura subjugada

O gosto artístico do brasileiro não é feito por ele mesmo e isto é um fato. As mídias em geral impedem-nos de conhecermos a diversidade e a riqueza cultural que este país tem. Ficamos a mercê daqueles que julgam e divulgam as novidades a serem degustadas, com isso, o gosto torna-se padrão.
Basta olharmos ao nosso redor e vermos o que está em voga: 50 tons de cinza, Funk, Michel Teló, Anita e entre outros que se passam por aí...
Cabe-nos a perguntar: o que acontece que desconhecemos completamente a diversidade cultural artística do país?
É estranho, mas muitos artistas que aqui são completamente ignorados, em outros países fazem imenso sucesso. Ignoramos nosso produto e aceitamos o que vem de fora. Não se trata de nacionalismo, nada disso. Se trata da ignorância que promovemos ao não conhecer o que é produzido por aqui.
Sabemos que a indústria cultural é responsável por promover o rebanho da cultura subjugada  Por este termos entendemos a formação de um grupo (que não é feita por ele mesmo) cujo objetivo é a promoção do gosto que lhes foi inculcado para outros grupos, criando um rebanho, uma cultura padrão, subjugada.
É estranho ver o que acontece nos dias de hoje, com tanta mídia alternativa e a promoção daquilo que não se vê e nem se ouve em rádio ou televisão. Só podemos concluir que a eficiência destes aparelhos é extremamente poderosa.

A falta de diversidade cultural entre nós faz isso: cria um rebanho subdesenvolvido e subjugado  cuja visão se estreita ao horizonte das costas um do outro, impedindo-nos de expandir e buscar as variedades que rolam por aí. Com isso, permanecemos em um estado de menoridade, do qual não se consegue buscar ou julgar qualquer coisa por si mesmo, criando uma eterna heteronomia face ao gosto que criamos.     

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