Nos
dias de hoje a ausência de sentido parece tomar as ruas. Desde os jovens até os
mais velhos, vemos que a maior parte das pessoas não estão mais preocupadas com
maiores questões. A desvalorização, a morte de sentido, a ausência de
finalidade e de respostas parece dominar o cenário atual. Ora, porque isto está
tão comum nos dias de hoje? Os valores tradicionais caíram por terra e os
princípios e critérios absolutos dissolveram-se. Tudo foi colocado em uma nova
ordem, da qual muitos não sabem, mas compactuam como se fossem meros partícipes.
Esses valores, antes, ancorados em verdades absolutas, hoje, estão despedaçados
e o futuro próximo parece estar longe de nossos olhos.
Esta
visão pode ser chamada de nilismo, que pode ser considerado uma descrença em
qualquer fundamentação metafísica para a existência humana. Não se trata de
algo difícil de ser definido, mas de ser apreendido. Sendo o nilismo um
nadismo, pois usa tradução pode ser entendida desta forma, o nilismo não possui
qualquer conteúdo positivo. Por se tratar de uma consciência negativa, esta só
pode ser entendida na medida em que entendemos o que ela nega. Eis o ponto onde
chegamos e queremos debater. A juventude de hoje, pretensamente nilista,
descrente em valores, tem compreensão sobre o que se nega?
Creio
que não, e por uma simples razão. Os
jovens de hoje são reprodutores de opinião midiática. Seus conceitos, valores e
ideias em geral estão ancorados nestes aparelhos ideológicos que muitas vezes
formam suas mentes. A ausência de critérios, criticidade sobre os eventos da
sociedade é sinal de que estes não sabem onde sequer estão. A apatia sobre
estes eventos seria um reflexo destes aparelhos que produzem ideias e
comportamentos, dos quais, estes seguem sem saber. Neste sentido, poderíamos
considerar, se o nilismo é esta descrença sobre qualquer fundamentação, (consciente
sobre as coisas) a juventude de hoje não está neste patamar. O que queremos
dizer é que estes não precisam saber do nilismo para o ser como tal, mas saber por
que negam tais fundamentações e fatos, o que não
acontece.
E
assim, estes permanecem na inércia e espera de uma opinião para poder dizer, ou
reproduzir algo.
O
saber e justificativa por uma negação não há. E o que há então?
Reprodução.
Nada mais.