terça-feira, 9 de abril de 2013

IIdílica estudantil: um diagnóstico


“Nossa geração teve pouco tempo, começou no fim, mas foi nossa procura, ah, moça, como foi bela nossa procura, mesmo com tanta ilusão perdida, quebrada,mesmo com tanto sonho, onde até hoje a gente corta”

Durante os anos 70 acreditava-se que o marasmo cultural que assolava o país era devido à ditadura militar. Acreditava-se que com a ditadura e o fim da censura, os jovens se mobilizariam em prol de um novo país, uma nova ordem.
Não foi o que aconteceu...
Com a abertura política nos anos 80, não foi nada disso que aconteceu. Os movimentos continuaram dispersos e uma pequena parcela de jovens ousou rebelar-se. Tratava-se de uma pequena herança de maio de 68.
Ora, qual a causa desse marasmo?
O esvaziamento provocado pela mídia, talvez seja um dos principais contribuintes. Nos dias de hoje, não se preocupa mais com política, que virou coisa de gente doida. Em um país com mais da metade da população declarada analfabeta funcional, torna-se difícil funcionar alguma coisa.
Um projeto comum?
Qual seria o objetivo?
Que droga da obediência é essa que os jovens de hoje não sabem olhar o palmo que se encontra aos seus olhos? Resignados, em pleno estado de nilismo, sem consciência é claro! Vivem, ou melhor, sobrevivem de forma heterônima.
Mas, o que importa então? O imediatismo longe do Kayrós que tanto foi procurado. Deste modo, os herdeiros de maio de 68 nem existem mais, se existem estão nos recônditos de algum lugar que não os atinge. Enquanto os jovens de hoje, no Brasil, nem sabem o que foi maio de 68. Vivem na zona de conforto de suas pacatas vidas repletas de alienação espalhadas em facebooks, jornais, TV e etc.
Resignados, encontram-se e assim permanecerão. Distantes de tudo.
É a perda do espanto. 

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