sábado, 14 de março de 2009

Shine on crazy diamond




“Você foi apanhado no cruzamento entre a infância e o estrelato” (Pink Floyd)


Ele foi uma estrela de passagem efêmera, de sintomas que se encontram nos mais loucos, pirados e esquisitos que o admiravam por sua música psicodélica que abria galáxias durante plays backs para uma viagem bem distante, quiçá, sem fim.Esse foi Syd Barret, nascido no dia 6 de janeiro de 1946, vindo a falecer em Cambridger -, cidade da qual passara sua infância.Talvez quem o visse nos últimos tempos não o reconheceria, pois Syd vivia alienado em sua casa assistindo tv, o que não lembrava nem de longe aquele velho Syd Barret no início do Pynk Floyd. Ainda que seu brilho esteja apagado, muitos são os que apreciam sua música; a lista é enorme: Blur, Magic Numbers, Beck, Moby, Flaming Lips, e o brasileiro Arnaldo Batista dos Mutantes. Syd Barret fez apenas um disco com o Pink Floyd, mas esse disco de estréia guarda grandes influências para os que se deliciam com sua música e que a usam como poderio musical fundante.Há uma história interessante a mencionar sobre Syd Barret. Dizem que o cantor e guitarrista tocava com os demais membros da banda executando apenas um acorde, pois vivia louco de droga nos palcos, isso irritava a todos; mas não há certeza sobre essas histórias.O que impressiona é a rapidez com que esse homem surgiu e desapareceu de cena. Guarda-se ainda o brilho de seu talento que possui efeitos determinantes em excelentes músicas que nos faz desvincular desse mundo sem juízo. Apesar de sua atitude (da qual não é possível fazer um pré-juízo de valor), guarda-se no intrínseco de sua criatividade a duração que se tem de suas idéias. Ao lembrar de Syd Barret, resgato um exemplo exímio que é cabível no momento; certa vez uma amiga me enviou num pequeno papel uma frase que guardara meu livro, ela nada disse e me entregou o livro, ao abri-lo, deparei-me com esse pequeno pedaço de papel que trazia a seguinte frase “o importante não é o tempo das coisas, mas é a duração e a intensidade que temos delas”. Essa frase encaixa-se perfeitamente em Syd Barret; pois a intensidade de suas idéias são tão fortes nos que o apreciam, que seus momentos ditos efêmeros são tão duradouros que guardam uma intensidade, um sentir, “aquilo que nos move” e “aquilo que nos passa” como momentos de experiência. O diamante louco deixou de brilhar, mas sua existência foi realizada no ato de acolher belas lembranças deste que foi apanhado no cruzamento entre a infância e o estrelato.

2 comentários:

Marcos S. P. Euzebio disse...

Por que a brasa seria melhor que o incêndio? Alguns duram e aquecem, outros iluminam e logo some? Por que um seria melhor que outro? Viva o Syd...
Abs,
M.

Marcos S. P. Euzebio disse...

Por que a brasa seria melhor que o incêndio? Alguns duram e aquecem, outros iluminam e logo somem. Por que um seria melhor que outro? Viva o Syd...
Abs,
M.