quinta-feira, 23 de abril de 2015

Cultura da miséria, ignorância e submissão

O sistema escolar brasileiro talvez seja o grande responsável pela reprodução da ignorância, da miséria, submissão e é claro, analfabetismo.
Um país onde praticamente metade da população não consegue ler e interpretar aquilo que leu, realmente fica mais fácil de ser manipulado pelos governantes que aos poucos, estão desmantelando os direitos trabalhistas, com a famosa PL4330/2004.
Sem saber o que realmente se trata, ignorantes em si mesmos, os nobres parlamentares vão votando e colocando cada vez mais na cabeça dos brasileiros. Como um dia disse um amigo professor um ditado que é extremamente real: chapéu de trouxa é marreta! E nós brasileiros que simplesmente não sabemos o que se trata e o que é este projeto, ficamos simplesmente assistindo a votação acontecer, como se nada disso tivesse a ver conosco. Este é um dos aspectos principais da cultura da miséria, ignorância e submissão. Fingir que isto não tem nada comigo ou simplesmente ignorar.
Estes podemos dizer que são os idiotas, não no sentido que entendemos hoje, mas no sentido grego da palavra.  Na acepção original, idiota designava literalmente o cidadão privado, alguém que se dedicava apenas aos assuntos particulares em oposição ao cidadão que ocupava algum cargo público ou participava dos assuntos de ordem pública. O termo evoluiu de forma depreciativa para caracterizar uma pessoa ignorante, simples, sem educação. Popularmente, um idiota é um indivíduo tolo, imbecil, desprovido de inteligência e de bom senso. Idiotice é o produto daquele que é idiota.
Esta é a cultura da ignorância, deixar-se de lado para preocupar-se apenas com si mesmo.
Às vezes me pergunto: onde estão os indignados do Brasil? Por que se fossemos confiar nesta massa que colocam um bando de gente reacionária no congresso para nos ferrar e depois de fazerem seus projetos leis, estes mesmos idiotas vão as ruas protestar pedindo dignidade na política ou então, em caos que extrapolam a ignorância, a intervenção militar.
Com a educação submissa que temos, com essa massa  que não sabe para onde vai e que como bois vão seguindo seus destinos, não sabemos onde vamos parar.
Quando muitos destes jovens, que na maior parte, idiotas, e privados em si mesmos trabalharem, vão ver o que representa em muitos casos as mudanças do Brasil e suas leis.
Como diz o ditado popular, típico do contexto histórico da República Velha e usado por chefes políticos, expressa uma realidade caracterizada naquela época, transcrevo para os dias de hoje e cabe perfeitamente: Para os amigos pão, para os inimigos pau; aos amigos se faz justiça, aos inimigos aplica-se a lei.
Evidentemente que somos os inimigos.



Um comentário:

dilita disse...

Olá Marco Aurélio!

Se fosse só no Brasil - penso que haveria possibilidade embora com esforço e demora, de encontrar meios e modos de acabar com a ignorância culpada de tantos males. Mas não é. Aqui, e noutros Países idem, idem...
O modo de vida de alguns povos está em degradação, em grande parte do globo.E o planeta segue no mesmo rasto.
Fico contente por saber que vai publicar um livro - um livro é como um filho - desde já as minhas felicitações.
Em Agosto passado, o Vinicius Canhoto
também fez igual, e deu-me conta. Pediu-me o endereço, para me oferecer um exemplar. Eu mandei, e pedi para não mandar no mês de Setembro, porque íamos para férias para o sul do País.
Nunca recebi nada, não sei se ele não mandou, ou se mandou e se extraviou, e se assim foi, estará a julgar-me mal, pensando que recebi e calei.
Por outro lado tenho acanhamento de lhe perguntar...

Grata pela visita no meu Birras, e pela boa noticia.
Abraço.
Dilita