Que a escola pública é uma instituição falida e sem sentido para a
grande parte de jovens e adolescentes, isto não é nenhuma novidade. Ivan
Illicht já havia feio esta constatação em seu belo livro Sociedade sem escolas. Este livro é tão atual que não precisamos muito para
verificar suas constatações e fatos.
Uma das constatações que podemos verificar na escola pública é
aquilo que chamo de copismo. O que é o copismo? Como se fundamenta? Como se constrói?
E como se alimenta?
A escola, para muitos pesquisadores é um local de aprendizado e
reflexão sobe sua própria realidade e sobre outros fatos decorrentes. No
entanto, o que vemos é justamente o contrário disso, e o que vemos é um espaço
somente para a socialização dos seu habitantes e o conhecimento e reflexão
tornaram-se elementos secundários.
Neste contexto, a aprendizagem se fundamenta em apenas um
elemento: o copismo, que se resume em apenas passar o texto na lousa e o aluno
copiar.
Esta prática comum na escola se fundamenta de diversas
perspectivas: o desinteresse por parte dos alunos, a falta de estímulo dos
professores, que, cansados de lidar com alunos que não querem saber, apenas
passam o texto na lousa e nada mais, a falta de investimento e estrutura da escola
e por fim, incentivo por parte da instituição para a diversificação das
atividades em outros locais. Todos estes elementos fundamentam o copismo, que
se tornou uma doença educacional que está começando cada vez mais cedo.
Surgindo desde os primeiros anos, o copismo mantém rapidamente os
alunos em seus lugares 9em alguns casos) e com esta prática que já se tornou comum,
os estudantes acham que este é modelo a ser seguido por parte dos professores.
Aqueles que querem fugir do padrão e tenta levar os estudantes a outros
patamares de reflexão crítica, se depara com uma dificuldade cognitiva imensa
que foi perpetuada desde o início dos primeiros anos escolares.
Para os governantes e gerentes de educação que sempre falam em educação de qualidade, esta é uma exímia
que acalma os corpos dóceis e os deixa em um estado de letargia, que, o que se
vê é um montante de mortos vivos caminhando nas escolas apenas para exibir-se
uns aos outros.
Esta cultura dócil, mas profunda e eficiente está matando a
mentalidade de nossos jovens, que, a cada passar de ano estão cada vez mais
inertes e submersos nesta prática.
Só um desequilíbrio para inverter esta ordem!