Muito honrado ao senhor soberano, envio-lhe esta carta dizendo tudo que o senhor prometeu, não aconteceu. Do que se pensou em fazer, nada foi feito. Que o alvo das críticas, às vezes irrefutáveis, continuam na mesma. Que os que pedem por ajuda continuam na ajuda. Que os que denunciam esta bandalheira, ainda são, bandalheiros.
(...)
A sociedade que o senhor disse mudar, não mudou, mas alguma coisa aconteceu meu caro senhor; está tudo tão diferente!
A solução de seus problemas, o paraíso fiscal, os castelos feitos, os dinheiros nas malas, cuecas, que vão sumindo aos nossos olhos, continuam muito bem como a droga da deliquência sem solução.
Pura oratória!
Seu Estado deve ser Eldorado.
E o nosso, retardado e demandado.
É a premência da vida.