quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Do que não se entende


I


Porque quando não se vê,
Sente-se falta?
os olhos delatam os sentidos,
as lágrimas, o pranto, a dor....
parco sentir!
por ausência do que não temos
num constante devir...

II

Este peso que se funde tão de repente vem e me leva constantemente a vários locais antes nunca vistos; é apenas uma imagem que se imprime de forma branda e tranqüila como as brincadeiras que percorrem minhas veias feito criança. O tempo, velho tempo, ele brincava comigo, me enganava, deixava-me atordoado, sem sentidos e sem reflexo, mas aquela imagem posta é demasiado efêmera, era um tempo só de esperas que provavelmente invadia-me por inteiro. Brando ouvir claro como imaginários sem sentidos em pequenas e cálidas palavras que me despertavam na gravidade d’um julgamento áspero. Puro corrosivo clamor que me abandonava na busca de máscaras incríveis em minha face, levando-me a preâmbulos do início de alguma coisa descrente..Que loucura é essa que fizestes?Levar estas singelas palavras pra dizer que os momentos efêmeros da vida são tão raros quanto ao sabor distante que vem e contem lembranças infinitas de instantes transitórios.É o velho tempo!Tempo, tempo de te conhecer, ainda que muito breve; gira feita uma roda viva, moinho que se quebrou num instante nas voltas que se deu entorno sabe-se lá do que! Era tempo de aprender sapequices , uma grande lição que não se aprende na escola. Tão de repente, lentamente me invadiu no tempo vazio e útil de destruir.
E ficou contido.
Num constante devir.

Um comentário:

Elaine Cristina disse...

...e nem há o que comentar!